Turismo. Portugal cada vez mais competitivo

Turismo. Portugal cada vez mais competitivo


Portugal está na posição mais elevada de sempre, tendo subido oito posições desde 2013 e atingiu mesmo o primeiro lugar na componente de infraestruturas turísticas.


O turismo nacional atingiu o melhor resultado de sempre. Portugal alcançou o 12.º lugar global no Índice de Competitividade do Turismo – relatório que é feito de dois em dois anos – e chegou mesmo a atingir o primeiro lugar na categoria de Infraestruturas Turísticas do Relatório de Competitividade no Turismo de 2019, elaborado pelo Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Os dados divulgados ontem mostram uma melhoria face a 2017, quando tinha ocupado o 14.º lugar em termos de competitividade a nível mundial e subiu oito posições quando comparado com 2013.

“Portugal está na posição mais elevada de sempre, tendo subido oito posições desde 2013 (20.º lugar) e três lugares desde 2015 (15.º lugar)”, revela o gabinete da secretária de Estado do Turismo, acrescentando que este relatório faz uma “análise aprofundada do turismo em mais de 130 economias mundiais”.

O Fórum Económico Mundial destaca também no relatório a “excecional densidade hoteleira e a alta qualidade das infraestruturas turísticas” existentes em Portugal, conseguindo ultrapassar países como Áustria, Estados Unidos e Espanha.

Na categoria de recursos naturais e culturais, Portugal subiu do 20.º lugar para 15.º, num ranking que neste parâmetro é dominado pela China. No caso do transporte aéreo, Portugal subiu dez lugares em relação a 2017, ocupando agora o 21.º lugar. Já na categoria da rapidez na adoção de tecnologias, o país passou de 41.º para 38.º, enquanto na priorização do turismo ocupa agora o 12.º lugar e na segurança o nono lugar. “Este resultado é um reflexo do trabalho que todos têm feito em termos de investimento, na requalificação que temos feito de todos os nossos recursos”, sublinhou a secretária de Estado, acrescentando ainda que “é uma grande vitória de todos os que trabalham no turismo, porque são eles que têm feito este investimento”, salienta Ana Mendes Godinho.

O índice avalia 14 itens que depois são usados para medir a competitividade de um país. Nos parâmetros a melhorar no país, de acordo com o Fórum Económico Mundial, estão as questões das infraestruturas aeroportuárias, onde Portugal está em 39.º, e a competitividade em termos de preço dos destinos, com o 95.º lugar para Portugal.

Para a governante, “Portugal é cada vez mais uma referência internacional no turismo, sendo este relatório uma peça chave para captação de investimento”.

 

Turismo voltou a acelerar Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram que a atividade turística voltou a acelerar em junho, impulsionada tanto pelo mercado interno como externo. Os hóspedes aumentarem 9,7% para 2,7 milhões, as dormidas subiram 5,6%, ultrapassando os sete milhões e as receitas a crescerem 11,8%. Este crescimento deveu-se às dormidas de residentes que cresceram 11,6% (+9,1% em maio). Também as de não residentes aumentaram 3,2% (+1,2% no mês anterior), totalizando 5 milhões de dormidas, o que traduz um peso de 70% dos mercados externos.

Já os proveitos totais da hotelaria em Portugal subiram 11,8% (+4,7% em maio), para 466 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento progrediram 12,1% (+4,3% no mês precedente) para 351,6 milhões de euros.

Feitas as contas, no acumulado do primeiro semestre registou-se uma subida de 7,6% nos hóspedes (para 12,2 milhões) e de 4,7% nas dormidas (para 30,5 milhões), com contributos positivos, quer dos residentes (+8,9%), quer dos não residentes (+3%).

Até junho, os proveitos totais subiram 7,6%, somando 1781,9 milhões de euros, e os proveitos de aposento aumentaram 7,3% para 1307,7 milhões de euros.

Em relação à estada média no mês de junho assistiu-se a uma redução para 2,63 noites. Trata-se, segundo o INE, de uma redução de 3,7% (descendo 1,7% nos residentes e 3,9% nos não residentes), enquanto a taxa líquida de ocupação (55,5%) aumentou 0,1 pontos percentuais (face ao recuo de 0,8 pontos percentuais em maio).

Quanto ao rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), situou-se em 62,5 euros (+6,5%) em junho e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) ascendeu a 96,8 euros (+6,2%).

Mais norte-americanos e chineses Os mercados dos Estados Unidos, Canadá e China destacaram-se no primeiro semestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2018. O INE fala de um aumento de 21,2% de turistas dos EUA, e de uma subida de 15,9% tanto vindos do Canadá, como da China.

Portugal também recebeu mais turistas do Brasil (11,5%), Itália (10,8%) e Espanha (8,6%), do que o verificado no mesmo período do ano passado.

Em contraciclo estão os mercados do Reino Unido, Alemanha, França e Holanda que diminuíram. Houve menos 7,6% de hóspedes holandeses em Portugal, menos 6,8% de alemães, 3% de franceses e 1,3% de ingleses.

Em junho, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões com exceção da Madeira (que baixou 3,4%).

O INE destaca os crescimentos apresentados pelo Alentejo (+13,3%), Açores (+12,1%), Norte (+11,7%) e Centro (+11,4%), tendo o Algarve concentrado 34,1% das dormidas registadas no país neste mês, seguido da Área Metropolitana de Lisboa (quota de 24,2%).

Nos primeiros seis meses de 2019, as dormidas na hotelaria (83,6% do total) registaram um aumento de 2,9%, inferior aos demais segmentos: subidas 15,8% no alojamento local (quota de 14%) e 9,2% no turismo no espaço rural e de habitação (que representou 2,4% do total). Já os hostels registaram um aumento de 27,8% nas dormidas no primeiro semestre.