Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Virgil Van Dijk. Ainda falta conhecer os finalistas para a Bola de Ouro, mas as amostras das listas da UEFA e da FIFA permitem desde já perceber que estes três nomes irão dominar as escolhas no que respeita aos prémios para 2018/19. Depois da UEFA, ontem foi a FIFA a anunciar os três astros como finalistas ao troféu The Best, que distingue o melhor futebolista da temporada – e cujo vencedor ficará conhecido no próximo dia 23, numa cerimónia que terá lugar no Teatro Scala, em Milão.
Nos últimos anos, a eleição de Melhor Jogador do Ano para a UEFA serviu de antecâmara à atribuição do troféu The Best: foi assim em 2016 e 2017, sempre com Cristiano Ronaldo como vencedor, mas também no ano passado, em que Luka Modric arrecadou as duas distinções – às quais somaria, meses depois, a Bola de Ouro. Essa tem sido, de resto, uma das grandes questões dos últimos anos para os amantes de futebol: quem conseguirá pôr fim ao reinado de Ronaldo e Messi, que dominaram quase por completo as atenções nos últimos 15 anos?
Modric fê-lo em 2018, é verdade. Mas não completamente, como facilmente se percebe ao olhar para o quadro de finalistas deste ano: outra vez Ronaldo, outra vez Messi… e nada de Modric, que se eclipsou (quiçá definitivamente) depois do maior ano da carreira. Agora, o grande concorrente dos dois astros é um defesa central holandês que teve em 2018/19, aos 28 anos, a melhor temporada da carreira: 50 jogos, seis golos e uma Liga dos Campeões conquistada ao serviço do Liverpool.
Se estes números serão suficientes para a conquista do mais alto galardão individual entregue pela FIFA, só no dia 23 se saberá. Ainda assim, e depois de ter sido eleito o Jogador do Ano pela UEFA, fica claro que Van Dijk será concorrência de muito peso para Cristiano Ronaldo e Messi – apesar de, por exemplo, ter estado na equipa da Holanda que perdeu a final da Liga das Nações para Portugal, capitaneado por Ronaldo. A atribuição deste prémio é feita da seguinte forma: 25% dos votos pertencem aos capitães das seleções de todo o mundo; outros 25% cabem aos respetivos selecionadores; igual percentagem destina-se a jornalistas de todo o globo designados pela FIFA; e mais 25% referem-se aos votos dos utilizadores do site do organismo que rege o futebol mundial.
Santos caiu
Se Ronaldo ainda conseguiu chegar aos finalistas, menos sorte teve Fernando Santos. O selecionador nacional estava nos dez nomeados para Treinador do Ano, mas caiu das escolhas finais, onde constam os nomes de Pep Guardiola (vencedor de todas as competições internas no Manchester City), Jurgen Klopp (campeão europeu pelo Liverpool) e Mauricio Pochettino (vice-campeão europeu ao comando do Tottenham).
Nos nomeados para Melhor Guarda-redes do Ano, o brasileiro Alisson, do Liverpool, enfrenta a concorrência do compatriota e ex-benfiquista Ederson (Manchester City) e ainda do alemão Ter Stegen (Barcelona). Já no que respeita ao Prémio Puskás, Messi volta a figurar entre os nomeados, aqui com a companhia de um antigo jogador do FC Porto: Juan Quintero, agora no River Plate. O outro finalista é Daniel Zsóri, médio húngaro de 18 anos que está nomeado pelo único golo que marcou até agora no escalão sénior, ao serviço do Debrecen.
As candidatas ao troféu de Melhor Jogadora do Ano são as norte-americanas Megan Rapinoe e Alex Morgan e a luso-inglesa Lucy Bronze, eleita Jogadora do Ano pela UEFA. Para Melhor Treinador de Futebol Feminino, destaque para a presença de Phil Neville, que fez nome no futebol por pertencer à equipa de sonho do Manchester United orientada por Alex Ferguson.