Técnica de linha de emergência indiferente a desespero de mulher que se estava a afogar dentro de carro

Técnica de linha de emergência indiferente a desespero de mulher que se estava a afogar dentro de carro


“Eu não quero morrer, não sei nadar”


Debbie Stevens, de 47 anos, contactou a linha de emergência dos EUA no passado dia 24 de agosto quando se viu no meio de uma enchente enquanto estava a conduzir. A mulher acabou por morrer afogada dentro do carro e a técnica da linha de emergência que atendeu a chamada está a ser acusada de agir com insensibilidade e indiferença perante o pedido de socorro.

O áudio foi divulgado pela polícia e torna-se perturbador por mostrar o desespero de Debbie, durante o incidente que ocorreu no Arkansas. "Por favor, ajude-me, eu não quero morrer (…) Eu não sei nadar! Estou com medo! Vou afogar-me!", disse a mulher na chamada que durou 22 minutos.

Donna Reneau, a técnica em questão, estava no seu último turno depois de ter sido despedida. Perante o pedido de socorro de Debbie terá agido com “leviandade”. De acordo com o Departamento de Polícia de Fort Smith, que deixa fortes críticas à mulher, Donna terá desvalorizado a rapidez de chegada das autoridades, ao dizer que estas chegaria quando tivessem de chegar, e terá mesmo mandado calar a vítima.

"Nunca me aconteceu nada disto", dizia Debbie enquanto a água começava a entrar no carro e pedia à técnica para que rezasse com ela.

"Bem, isto vai ensinar-te a não conduzir na água da próxima vez. Não percebo como não viu [a enchente]", afirmou a técnica.

As autoridades acabaram por responder à emergência em 12 minutos depois de a técnica de emergência fazer o contacto. Devido à enchente, os bombeiros demoraram mais de uma hora até chegarem ao carro de Debbie, que já se encontrava morta quando o veículo foi alcançado.

Apesar de adjetivar a atitude de Donna Reneau de “insensível”, em declarações à imprensa norte-americana, Danny Baker, chefe da polícia interina de Fort Smith, explicou que a mulher não fez nada de “errado” criminalmente e que não “violou regras”.

Atenção: o áudio partilhado pela polícia pode ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.