“O que impressiona é a incapacidade de alguém fazer alguma coisa” afirma Santana Lopes

“O que impressiona é a incapacidade de alguém fazer alguma coisa” afirma Santana Lopes


“Estamos numa luta pela liberdade de imprensa, pelo direito a informar e ser informado” afirmou o dirigente político aos jornalistas do Expresso, adiantando que o seu protesto pode chegar “às entidades internacionais”.


Com o objetivo de protestar pela forma como os órgãos de comunicação social estão a realizar a cobertura noticiosa da pré-campanha eleitoral, das eleições legislativas do próximo dia 6 de outubro, Pedro Santana Lopes – líder da Aliança – invadiu pacificamente esta tarde, acompanhado de aproximadamente cem militantes do partido, as instalações da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), na zona de Santos, em Lisboa. A notícia foi veiculada pelo jornal Expresso que adiantou igualmente que Santana Lopes sentiu-se jovem novamente ao proceder a esta manifestação: "Senti-me outra vez na faculdade", referiu após o acontecimento.

"Estamos numa luta pela liberdade de imprensa, pelo direito a informar e ser informado" afirmou o dirigente político aos jornalistas do Expresso, avançando que o seu protesto chegará "às entidades internacionais" caso não aconteça uma cobertura mediática que promova a igualdade de oportunidades à Aliança. Na ótica do primeiro-ministro do XVI Governo Constitucional de Portugal, entre 2004 e 2005, a campanha do partido em questão não é devidamente acompanhada pelos meios de comunicação pois "não lhe dão um minuto de atenção".

"Então, se é a ERC, a ERC que faça alguma coisa! O que impressiona é a incapacidade de alguém fazer alguma coisa" salientou Santana Lopes, realçando o caso da RTP por ter "obrigações acrescidas de serviço público". Sublinhe-se que, no decorrer da campanha das eleições europeias de 26 de maio, o Aliança tinha feito as mesmas queixas – particularmente, naquilo que concerne as estações televisivas – e, agora, aguarda uma solução: "Isto é demais. As europeias foram há três meses", rematou o antigo presidente do PSD.