Matem-se as pessoas. Salvem-se os animais


Quanto aos animais serem a única companhia de algumas pessoas, não deveria ver nisso um motivo de alegria ou romantismo bucólico de coexistência. É triste imaginar que a única companhia de muita gente é um animal. Muito triste. Assim acontece por inúmeros motivos, mas nalguns porque a sociedade humana negligencia algumas faixas etárias e sociais…


Tenho várias vezes escrito contra aquela que considero ser a triste agenda política do PAN, que através de palavras bonitas e um discurso muitas vezes aveludado vai nalgumas franjas da sociedade conseguindo esconder os seus reais objectivos. Não obstante o quadro verdadeiramente disparatado em que se encontra a política portuguesa, André Silva voltou aos grandes palcos para desta feita anunciar que o PAN pretende criar, palavras suas à “Visão”, “ uma espécie de serviço nacional de saúde para animais”. Pessoalmente não me espantou esta aberrante proposta porque já ma havia transmitido o próprio André Silva, pelo que aquilo a que hoje me proponho e, que forçosamente levará a um artigo mais longo, é desmantelar, um por um, os tristes, falaciosos e irracionais argumentos do deputado do PAN para sustentar tamanha parvoíce.

Diz André Silva e, cito: “ Há muitas famílias com enormes dificuldades, nomeadamente pessoas idosas que estão sozinhas e que a única companhia que têm é o gato ou o cão. Não é uma medida de protecção e de bem-estar animal; é uma resposta social às famílias mais carenciadas.”

Caríssimo: Atendendo a que sobretudo pela doutrina que defende considera-nos a todos animais, nestes naturalmente me incluindo eu próprio, vamos tentar ser animais, mas, racionais. Há, infelizmente, imensas famílias com as características de dificuldades que elencou. Pois era na sua eliminação que deveria fazer incidir o seu trabalho e preocupação. Não é por alguém com dificuldades poder levar o seu periquito ao veterinário sem pagar quando lhe dá uma diarreia, que a sua vida muda para melhor. O que lhe deveria a si ocupar o tempo era encontrar forma dessas pessoas saírem do cenário em que se encontram, tendo em primeiro lugar uma melhor qualidade de vida e, por acréscimo, mas friso, apenas por ele, depois, terem ainda dinheiro para levar o seu bichinho ao veterinário. Aquilo que defende como sendo uma resposta às famílias carenciadas, desse estatuto não as retira em nada. Do que vejo, a si, o que lhe interessa é o periquito. E não, infelizmente, o dono do periquito.

Quanto aos animais serem a única companhia de algumas pessoas, não deveria ver nisso um motivo de alegria ou romantismo bucólico de coexistência. É triste imaginar que a única companhia de muita gente é um animal. Muito triste. Assim acontece por inúmeros motivos, mas nalguns porque a sociedade humana negligencia algumas faixas etárias e sociais que de si fazem parte. O que deveria como deputado assegurar, eram meios para que nenhum ser humano tivesse como única companhia, um animal. Com políticas de incentivo ao cuidado ao próximo. Não ao próximo animal. Ao próximo ser humano.

Voltando à entrevista concedida por André Silva, preceituou-se depois e, cito novamente, que “ O deputado refere uma “rede pública – chame-se hospital, chame-se clínica – que tenha serviços médico-veterinários que possam suprir [as dificuldades] destas duas grandes comunidades.”

Nesta rede, algumas famílias, “em função dos respectivos rendimentos, estariam dispensadas do pagamento de taxas moderadoras (ou algo equivalente) e outras teriam de custear os cuidados médicos prestados”.

Senhor deputado, mais uma vez está verdadeiramente confuso. Mas lá por estar confuso não pode obrigar o país a comungar dessa mesma confusão. Repare: O sistema nacional de saúde humano é uma necessidade básica de qualquer sociedade. É uma realidade a que o Estado não pode fugir e, sobretudo, negligenciar. Infelizmente bastará olhar para o que nele se passa e verificaremos que para nosso mal nem sempre assim acontece. Ora ter um animal de companhia, de estimação ou como lhe queira chamar é, para todos os efeitos, um extra, um divertimento, um pequeno luxo dos que gostam de o ter. E só o deverá ter quem pode. Quem não pode não deve ter. Isso sim é respeitar um animal.

O Estado, (todos nós) nada tem que ser sobrecarregado com despesas desta natureza porque as mesmas não são algo fundamental ao funcionamento de uma sociedade.

Naturalmente deve promover políticas de saúde animal, políticas, essas, que passam por exemplo pela aplicação do plano de vacinação animal pré-definido, bem como pela recolha, esterilização e abate de animais errantes ou abandonados. Estas políticas, deverão ter como principal preocupação, que o animal não transmita ao ser humano doenças que afectem a sua saúde pessoal e igualmente a saúde pública. Mas por aqui se fica. A prioridade não é o animal. Tem de ser o Homem.

Pare e pense um pouco. Afinal, ainda que animais, é essa a maior diferença entre nós e os outros. Pensar. Raciocinar. Vamos admitir por ridículo que isto avança. Tal representaria mais um encargo para o Estado, Estado esse que para todos efeitos continua falido. Ora o Estado é grosso modo alimentado pela receita dos impostos. Impostos esses que atingem hoje o mais elevado valor de sempre na vida dos cidadãos. Mais despesa sem dinheiro para a sustentar, mais impostos a pagar por todos nós. Pensará que algum cidadão deste país admite pagar um cêntimo a mais que seja de contribuição para um SNS animal, quando no humano morrem pessoas em lista de espera?

Quando muitas das pessoas carenciadas que fala, o seu real problema não é não terem dinheiro para os medicamentos do gato mas antes para os seus próprios medicamentos?

O Senhor anda a brincar connosco?

É para apregoar estas tonteiras que todos como contribuintes lhe andamos a pagar o vencimento de deputado?

Já vai sendo tempo de politicamente, friso, politicamente, ganhar juízo não?

Voltemos à entrevista. Depois destas “maravilhosas” e quase “poéticas” declarações de intenção, é ainda indicado o seguinte. Cito novamente: “Outra das medidas que constará no programa do partido é a despenalização da eutanásia. “Para nós, é um acto de bondade, é legislar sobre o direito fundamental à autodeterminação.”

Como atrás tive já oportunidade de referir, com todo o respeito, é a meu ver óbvio que o caro amigo vive em confusão. Confusão consigo, com o mundo e, eventualmente, com o seu papel no mundo. Ainda assim, poderia suceder viver em confusão mas ser coerente com ela. Nem isso. Então um partido, um homem que defende que não se pode eutanasiar um animal, vem depois defender que se pode eutanasiar um ser humano?

Oh meu caro André, não leve a mal, com o devido respeito e em jeito de brincadeira claro está, mas bebeu alguma coisa antes de dar esta entrevista?

Então eutanasiar um animal é uma indecência e eutanasiar um ser humano é um acto de bondade?

É mais uma vez curioso. Infelizmente, o que muitas vezes está por trás da corrente defensora da legalização da eutanásia humana é a diminuição de custos médicos. E mesmo que o não seja por premissa, sê-lo-á por consequência. Se matarmos a pessoa em vez de a tratarmos a despesa é menor. Para o bichinho tem que haver um serviço nacional de saúde animal, garantindo-lhe tudo e mais alguma coisa? É minha convicção que uma vez aqui chegados, saímos do foro da confusão para o da perfídia.

Continuando a sua narrativa, lá vai André Silva prosseguindo o seu trajecto até chegar ao campo político puro e duro. Neste, destaco as seguintes declarações e, aqui, verdade seja dita, é o deputado do partido animal, inteligente e objectivo.

“O objectivo do PAN é conseguir influenciar a governação do país para fazer cumprir a nossa agenda, e isso consegue-se através do reforço do grupo parlamentar”, afirmou.

Ora senhor deputado: Estalou-lhe o verniz. A “nossa” agenda, disse-o. Devia antes ter dito, a “nossa pérfida agenda”. É que uma coisa é ter um programa político, outra, bem distinta, é uma agenda política. Quer que lhe explique a diferença? Julgo não ser preciso. Já que admitiu o que nem todos atingem e, dou-lhe algum valor por isso, ainda que tenha sido por descuido e não por intencionalidade, dar-lhe-ia ainda mais se tem ido até ao fim, na totalidade. De facto, não é por abominar o PAN que não admito que aqui e ali vai influenciando a governação. Mas isso só acontece porque a nossa governação é na verdade uma desgovernação. Não duvido nada que o PAN aumente o seu número de deputados na próxima legislatura. Muito pelo contrário, prevejo-o. Avento até mesmo que o PS, perto de uma maioria absoluta e, se isso viabilizar uma estabilidade governativa, corra com o BE e vos vá buscar, tendo depois que ceder nalguns dos vossos disparates para que isto ou aquilo seja viabilizado. Mas não esqueça que é deputado de uma sociedade humana. Não de uma qualquer vacaria ou de uma manada de zebras na savana.

O PAN que politicamente na sua matriz é um conglomerado de falácias, embustes e outras tragicomédias que tais, é depois esperto na percepção de que como não tem exército para travar a guerra, tem de tentar alcançar ganhos em pequenos focos de guerrilha.

Algures na entrevista que aqui me vem servindo de guião, é indicado que o PAN não tem medo de ter mais responsabilidade. Ora muito obrigado. Grande coisa!

Como é que poderia ter, se na verdade, até ao momento, tem demonstrado não ter responsabilidade absolutamente nenhuma? É que, caro André, não sei se reparou mas 99% do que propõem é uma perfeita irresponsabilidade.

 E, eventualmente, para quem como vós, ao contrário do que laracham, continuam a ser uma ínfima minoria da sociedade portuguesa, deveriam crescer percebendo que não é esse o caminho que se lhes exige.

Compreendam que o que todos os cidadãos querem, é que os governantes lhes resolvam os problemas. Está-se tudo nas tintas para o resto. O problema do PAN não é ser contra isto e a favor daquilo. Isso seria a chamada democracia a funcionar. O problema do PAN é não querer que outros possam ser contra o que defendem e a favor do que reprovam.

Dado que me é líquido que vão ter mais deputados daqui a dois meses, repito, honre o vencimento de deputado que todos como contribuintes lhe pagamos. O senhor e os que na sua bancada, consigo se hão-de vir a sentar. Contribuam para resolver os nossos problemas. Da ração que come o meu cão ou do champô que dá banho ao gato da vizinha cuidaremos cada um de nós.

 

 

 


Matem-se as pessoas. Salvem-se os animais


Quanto aos animais serem a única companhia de algumas pessoas, não deveria ver nisso um motivo de alegria ou romantismo bucólico de coexistência. É triste imaginar que a única companhia de muita gente é um animal. Muito triste. Assim acontece por inúmeros motivos, mas nalguns porque a sociedade humana negligencia algumas faixas etárias e sociais…


Tenho várias vezes escrito contra aquela que considero ser a triste agenda política do PAN, que através de palavras bonitas e um discurso muitas vezes aveludado vai nalgumas franjas da sociedade conseguindo esconder os seus reais objectivos. Não obstante o quadro verdadeiramente disparatado em que se encontra a política portuguesa, André Silva voltou aos grandes palcos para desta feita anunciar que o PAN pretende criar, palavras suas à “Visão”, “ uma espécie de serviço nacional de saúde para animais”. Pessoalmente não me espantou esta aberrante proposta porque já ma havia transmitido o próprio André Silva, pelo que aquilo a que hoje me proponho e, que forçosamente levará a um artigo mais longo, é desmantelar, um por um, os tristes, falaciosos e irracionais argumentos do deputado do PAN para sustentar tamanha parvoíce.

Diz André Silva e, cito: “ Há muitas famílias com enormes dificuldades, nomeadamente pessoas idosas que estão sozinhas e que a única companhia que têm é o gato ou o cão. Não é uma medida de protecção e de bem-estar animal; é uma resposta social às famílias mais carenciadas.”

Caríssimo: Atendendo a que sobretudo pela doutrina que defende considera-nos a todos animais, nestes naturalmente me incluindo eu próprio, vamos tentar ser animais, mas, racionais. Há, infelizmente, imensas famílias com as características de dificuldades que elencou. Pois era na sua eliminação que deveria fazer incidir o seu trabalho e preocupação. Não é por alguém com dificuldades poder levar o seu periquito ao veterinário sem pagar quando lhe dá uma diarreia, que a sua vida muda para melhor. O que lhe deveria a si ocupar o tempo era encontrar forma dessas pessoas saírem do cenário em que se encontram, tendo em primeiro lugar uma melhor qualidade de vida e, por acréscimo, mas friso, apenas por ele, depois, terem ainda dinheiro para levar o seu bichinho ao veterinário. Aquilo que defende como sendo uma resposta às famílias carenciadas, desse estatuto não as retira em nada. Do que vejo, a si, o que lhe interessa é o periquito. E não, infelizmente, o dono do periquito.

Quanto aos animais serem a única companhia de algumas pessoas, não deveria ver nisso um motivo de alegria ou romantismo bucólico de coexistência. É triste imaginar que a única companhia de muita gente é um animal. Muito triste. Assim acontece por inúmeros motivos, mas nalguns porque a sociedade humana negligencia algumas faixas etárias e sociais que de si fazem parte. O que deveria como deputado assegurar, eram meios para que nenhum ser humano tivesse como única companhia, um animal. Com políticas de incentivo ao cuidado ao próximo. Não ao próximo animal. Ao próximo ser humano.

Voltando à entrevista concedida por André Silva, preceituou-se depois e, cito novamente, que “ O deputado refere uma “rede pública – chame-se hospital, chame-se clínica – que tenha serviços médico-veterinários que possam suprir [as dificuldades] destas duas grandes comunidades.”

Nesta rede, algumas famílias, “em função dos respectivos rendimentos, estariam dispensadas do pagamento de taxas moderadoras (ou algo equivalente) e outras teriam de custear os cuidados médicos prestados”.

Senhor deputado, mais uma vez está verdadeiramente confuso. Mas lá por estar confuso não pode obrigar o país a comungar dessa mesma confusão. Repare: O sistema nacional de saúde humano é uma necessidade básica de qualquer sociedade. É uma realidade a que o Estado não pode fugir e, sobretudo, negligenciar. Infelizmente bastará olhar para o que nele se passa e verificaremos que para nosso mal nem sempre assim acontece. Ora ter um animal de companhia, de estimação ou como lhe queira chamar é, para todos os efeitos, um extra, um divertimento, um pequeno luxo dos que gostam de o ter. E só o deverá ter quem pode. Quem não pode não deve ter. Isso sim é respeitar um animal.

O Estado, (todos nós) nada tem que ser sobrecarregado com despesas desta natureza porque as mesmas não são algo fundamental ao funcionamento de uma sociedade.

Naturalmente deve promover políticas de saúde animal, políticas, essas, que passam por exemplo pela aplicação do plano de vacinação animal pré-definido, bem como pela recolha, esterilização e abate de animais errantes ou abandonados. Estas políticas, deverão ter como principal preocupação, que o animal não transmita ao ser humano doenças que afectem a sua saúde pessoal e igualmente a saúde pública. Mas por aqui se fica. A prioridade não é o animal. Tem de ser o Homem.

Pare e pense um pouco. Afinal, ainda que animais, é essa a maior diferença entre nós e os outros. Pensar. Raciocinar. Vamos admitir por ridículo que isto avança. Tal representaria mais um encargo para o Estado, Estado esse que para todos efeitos continua falido. Ora o Estado é grosso modo alimentado pela receita dos impostos. Impostos esses que atingem hoje o mais elevado valor de sempre na vida dos cidadãos. Mais despesa sem dinheiro para a sustentar, mais impostos a pagar por todos nós. Pensará que algum cidadão deste país admite pagar um cêntimo a mais que seja de contribuição para um SNS animal, quando no humano morrem pessoas em lista de espera?

Quando muitas das pessoas carenciadas que fala, o seu real problema não é não terem dinheiro para os medicamentos do gato mas antes para os seus próprios medicamentos?

O Senhor anda a brincar connosco?

É para apregoar estas tonteiras que todos como contribuintes lhe andamos a pagar o vencimento de deputado?

Já vai sendo tempo de politicamente, friso, politicamente, ganhar juízo não?

Voltemos à entrevista. Depois destas “maravilhosas” e quase “poéticas” declarações de intenção, é ainda indicado o seguinte. Cito novamente: “Outra das medidas que constará no programa do partido é a despenalização da eutanásia. “Para nós, é um acto de bondade, é legislar sobre o direito fundamental à autodeterminação.”

Como atrás tive já oportunidade de referir, com todo o respeito, é a meu ver óbvio que o caro amigo vive em confusão. Confusão consigo, com o mundo e, eventualmente, com o seu papel no mundo. Ainda assim, poderia suceder viver em confusão mas ser coerente com ela. Nem isso. Então um partido, um homem que defende que não se pode eutanasiar um animal, vem depois defender que se pode eutanasiar um ser humano?

Oh meu caro André, não leve a mal, com o devido respeito e em jeito de brincadeira claro está, mas bebeu alguma coisa antes de dar esta entrevista?

Então eutanasiar um animal é uma indecência e eutanasiar um ser humano é um acto de bondade?

É mais uma vez curioso. Infelizmente, o que muitas vezes está por trás da corrente defensora da legalização da eutanásia humana é a diminuição de custos médicos. E mesmo que o não seja por premissa, sê-lo-á por consequência. Se matarmos a pessoa em vez de a tratarmos a despesa é menor. Para o bichinho tem que haver um serviço nacional de saúde animal, garantindo-lhe tudo e mais alguma coisa? É minha convicção que uma vez aqui chegados, saímos do foro da confusão para o da perfídia.

Continuando a sua narrativa, lá vai André Silva prosseguindo o seu trajecto até chegar ao campo político puro e duro. Neste, destaco as seguintes declarações e, aqui, verdade seja dita, é o deputado do partido animal, inteligente e objectivo.

“O objectivo do PAN é conseguir influenciar a governação do país para fazer cumprir a nossa agenda, e isso consegue-se através do reforço do grupo parlamentar”, afirmou.

Ora senhor deputado: Estalou-lhe o verniz. A “nossa” agenda, disse-o. Devia antes ter dito, a “nossa pérfida agenda”. É que uma coisa é ter um programa político, outra, bem distinta, é uma agenda política. Quer que lhe explique a diferença? Julgo não ser preciso. Já que admitiu o que nem todos atingem e, dou-lhe algum valor por isso, ainda que tenha sido por descuido e não por intencionalidade, dar-lhe-ia ainda mais se tem ido até ao fim, na totalidade. De facto, não é por abominar o PAN que não admito que aqui e ali vai influenciando a governação. Mas isso só acontece porque a nossa governação é na verdade uma desgovernação. Não duvido nada que o PAN aumente o seu número de deputados na próxima legislatura. Muito pelo contrário, prevejo-o. Avento até mesmo que o PS, perto de uma maioria absoluta e, se isso viabilizar uma estabilidade governativa, corra com o BE e vos vá buscar, tendo depois que ceder nalguns dos vossos disparates para que isto ou aquilo seja viabilizado. Mas não esqueça que é deputado de uma sociedade humana. Não de uma qualquer vacaria ou de uma manada de zebras na savana.

O PAN que politicamente na sua matriz é um conglomerado de falácias, embustes e outras tragicomédias que tais, é depois esperto na percepção de que como não tem exército para travar a guerra, tem de tentar alcançar ganhos em pequenos focos de guerrilha.

Algures na entrevista que aqui me vem servindo de guião, é indicado que o PAN não tem medo de ter mais responsabilidade. Ora muito obrigado. Grande coisa!

Como é que poderia ter, se na verdade, até ao momento, tem demonstrado não ter responsabilidade absolutamente nenhuma? É que, caro André, não sei se reparou mas 99% do que propõem é uma perfeita irresponsabilidade.

 E, eventualmente, para quem como vós, ao contrário do que laracham, continuam a ser uma ínfima minoria da sociedade portuguesa, deveriam crescer percebendo que não é esse o caminho que se lhes exige.

Compreendam que o que todos os cidadãos querem, é que os governantes lhes resolvam os problemas. Está-se tudo nas tintas para o resto. O problema do PAN não é ser contra isto e a favor daquilo. Isso seria a chamada democracia a funcionar. O problema do PAN é não querer que outros possam ser contra o que defendem e a favor do que reprovam.

Dado que me é líquido que vão ter mais deputados daqui a dois meses, repito, honre o vencimento de deputado que todos como contribuintes lhe pagamos. O senhor e os que na sua bancada, consigo se hão-de vir a sentar. Contribuam para resolver os nossos problemas. Da ração que come o meu cão ou do champô que dá banho ao gato da vizinha cuidaremos cada um de nós.