Bebé que morreu no Amadora-Sintra viveu dois dias e não foi autopsiada segundo declarações da mãe

Bebé que morreu no Amadora-Sintra viveu dois dias e não foi autopsiada segundo declarações da mãe


A jovem explicou que não foi realizada uma autópsia ao cadáver da menor


Tatiana Paulo Nunes, de 23 anos, dirigiu-se ao Hospital de Portimão na passada quinta-feira. Com sintomas de pré-eclâmpsia, às 32 semanas de gestação, foi encaminhada para Faro. Contudo, esta última unidade hospitalar tinha somente dez incubadoras que se encontravam ocupadas. A jovem foi assim transferida para o Amadora-Sintra e o parto, através de cesariana, foi realizado já no sábado.

Durante esta semana, foi noticiado que mãe e bebé – que padecia de graves problemas neurológicos e pulmonares e alegadamente tinha vivido três horas – foram vítimas de negligência por parte dos hospitais. Porém, agora, a mãe confirmou ao Jornal de Notícias (JN) que não foi realizada uma autópsia ao cadáver da menor, Diana. Para além disso, Nunes explicou que a morte ocorreu na tarde de segunda-feira e não no sábado como havia sido noticiado. O JN teve acesso ao assento de óbito e confirmou que a bebé perdeu a vida no dia 5 pelas 17h15.

Recorde-se que o caso está a ser analisado pela Entidade Reguladora da Saúde, pelos hospitais de Faro e Amadora-Sintra e pelo Ministério Público. O Bloco de Esquerda "pediu explicações ao Governo relativamente à morte do recém-nascido filho da grávida transferida do Algarve para o hospital Amadora-Sintra, e pediu acesso às conclusões dos inquéritos às circunstâncias em que aconteceu" tal como foi noticiado pela agência Lusa.