Ljubomir Stanisic: “O desperdício alimentar é das coisas mais tristes”

Ljubomir Stanisic: “O desperdício alimentar é das coisas mais tristes”


O conhecido chefe de cozinha garante que um dos seus piores defeitos é ter o coração na boca, o que é também a sua maior virtude. O lixo é o que mais o chateia na praia e confessa que é muito feliz na sua profissão.


Umas férias inesquecíveis?

Quaisquer férias com a minha família, idealmente num lugar onde ninguém me reconheça.

Praia ou campo? Portugal ou estrangeiro?

Campo, com praia por perto. Em Portugal há sempre tanto por descobrir. Já perdi à conta ao número de vezes que percorri Portugal de norte a sul, ilhas incluídas, e continuo sempre a surpreender-me e a apaixonar-me pelo nosso país.

Um segredo bem guardado do seu roteiro de férias?

Se contasse, deixava de ser segredo…

Que notícia o fez rir nos últimos tempos?

Rir, não sei. Mas uma notícia que me fez muito feliz foi ler sobre a entrega do prémio de Prata para o site do 100 Maneiras, nos Prémios Criatividade M&P 19.

Quem gosta de seguir nas redes sociais?

Não faço grande uso das redes sociais, honestamente. Mas gosto de espreitar bons projetos, de cozinha e não só, e perceber o que de melhor e mais criativo se faz por aí.

Ainda usa palhinhas e cotonetes?

Nada. Banimos as palhinhas de plástico dos meus restaurantes há muito tempo e optámos pelas de inox para os cocktails.

O que o chateia mais na praia?

Lixo

Que música associa ao verão?

Jamie Woon, Zen Baboon, Lemourian.

Qual é o seu pior defeito?

Tenho tantos… Se calhar, ter o coração ao pé da boca.

E virtude?

Ter o coração ao pé da boca.

Uma boa grelhada mista ou salada de canónigos e afins?

Os dois. Há espaço para tudo e no equilíbrio está a virtude (digo eu, que sou de extremos)!

Tem algum medo?

Nenhum. Já passei por demasiadas coisas na vida para ter medo. A única coisa que me assusta verdadeiramente é pensar no tipo de mundo que vamos deixar para os nossos filhos…

E guilty pleasure?

Tenho vários. Sou um hedonista assumido.

Gostaria de ter tido outra profissão? Qual?

Não, sou muito feliz a fazer o que faço e não me limito a cozinhar. Envolvo-me em muita coisa ao mesmo tempo, sou muito curioso, estou sempre a inventar, a criar peças, ideias, produtos, vinhos… Se não fosse assim, não funcionava para mim, preciso de me desafiar constantemente.

Quem mandava dar um mergulho para refrescar as ideias?

A minha mulher – e eu ia com ela. Estamos os dois a precisar…

Uma ideia para Portugal (que desse para aplicar já na rentrée)?

Lutarmos todos para reduzir o desperdício alimentar, a começar nas nossas casas. É das coisas mais tristes e que mais me revoltam no mundo.