O 13 da semana


Na corrida propriamente dita, uma vez mais foi arquitetando a sua estratégia, gerindo a logística de uma mota que, curiosamente, conhecia menos bem em virtude dos novos adereços, mantendo à mão de semear quem ele sabia poder vir a tomar de assalto quando soassem as trombetas do tudo ou nada.


Olhemos hoje à escadaria classificativa em Assen.

Que trouxe ao nosso Falcão a Catedral?

P13.

Ou 13.o.

Da sorte? Do azar?

Nem de um, tão-pouco de outro.

Da perseverança, da crença, da luta, da certeza, isso sim.

Um 13 talhado a punho, suor e décimas, dois degraus galgados no fim da corrida, um deles na última volta, quando muitos de nós esboçávamos já um sorriso por mais dois pontos conquistados, enquanto o Falcão voava ainda em seu escritório, chegando-se a Pecco Bagnaia e ganhando-lhe o lugar.

Dia bom em fim de semana com um pouco de tudo, senão vejamos:

peças novas na sua Tech 3, voando agora um pouco mais rápido;

a confiança cada vez mais evidente e agora trazida a público pelo gigante patrão austríaco que pretende Miguel a opinar na receita da futura KTM.

Treinos de qualificação em que bateu Zarco, e se mencionamos o francês é porque o sabemos bicampeão mundial em Moto2 e quem conduz assim não gagueja, acrescentando ainda uma curiosidade, talvez há muito esperada no seu subconsciente, de se ter qualificado a duas décimas apenas de, senhores e senhoras, nem mais nem menos que Valentino Rossi, o 46 mais rápido e fulminante de toda a história da aritmética.

Um pequeno detalhe, bem sei, mas os sonhos de menino são para acontecer e as lendas, um dia, acabam por chegar ao nosso lado.

Um fim de semana que traria ainda a inesperada e pouco imaginável penalização por condução perigosa, quando se manteve lento em trajetória rápida com outros pilotos em pista.

Na corrida propriamente dita, uma vez mais foi arquitetando a sua estratégia, gerindo a logística de uma mota que, curiosamente, conhecia menos bem em virtude dos novos adereços, mantendo à mão de semear quem ele sabia poder vir a tomar de assalto quando soassem as trombetas do tudo ou nada.

Com as quedas que sempre acontecem em corridas, mas que feliz e estatisticamente muito pouco batem à porta de Oliveira, a P20 inicial passou rápido a P16, alimentando desde logo a fortíssima probabilidade de mais um GP com pontos. Veio a P15, a luta ia ficando mais acesa, Zarco saía de cena, Miguel subia, Syahrin acabava também por ficar para trás, a perseguição a Aleix seguia numa batalha taco a taco, e eis senão quando, ao cair do pano, surgia a possibilidade de ultrapassar Bagnaia e em voo picado se conquistava o 13.o posto na hierarquia que a Catedral de Assen acrescentou aos números do Campeonato do Mundo com mais cavalos por metro quadrado.

Olhando para cima, encontraremos Pol a cerca de cinco segundos e meio e um Iannone que fechou o top-10 e a quem Miguel deixou escapar por sete segundinhos apenas.

Bem sabemos que, neste mundo, os “ses” contam para pouco, mas dá uma vontade grande de imaginar a partida na P17 conquistada e que lhe evitaria trânsito mais lento na luta para lugares mais cimeiros.

E com felicidade concluiremos que nem só de azares, sortes e outros quejandos esotéricos se compõe a mística do número 13.

Perseverança da boa, crença sem fim, luta sem tréguas e a certeza de que mais perto estará o dia.

Com um calendário que nos traz Sachsenring com uma pouco habitual distância de somente sete dias entre GP’s, dá vontade de pensar que a subida escadaria acima segue dentro de momentos.

Afinal, parece ter bastado um braço oscilante em carbono, ou algo do género no fantástico mundo da louca tecnologia, para que a esperança em melhores dias se vá vestindo duma certeza que nunca negámos.

Curva a curva, enche o povo o coração de esperança.

Assim nos vai fazendo voar o Falcão.


O 13 da semana


Na corrida propriamente dita, uma vez mais foi arquitetando a sua estratégia, gerindo a logística de uma mota que, curiosamente, conhecia menos bem em virtude dos novos adereços, mantendo à mão de semear quem ele sabia poder vir a tomar de assalto quando soassem as trombetas do tudo ou nada.


Olhemos hoje à escadaria classificativa em Assen.

Que trouxe ao nosso Falcão a Catedral?

P13.

Ou 13.o.

Da sorte? Do azar?

Nem de um, tão-pouco de outro.

Da perseverança, da crença, da luta, da certeza, isso sim.

Um 13 talhado a punho, suor e décimas, dois degraus galgados no fim da corrida, um deles na última volta, quando muitos de nós esboçávamos já um sorriso por mais dois pontos conquistados, enquanto o Falcão voava ainda em seu escritório, chegando-se a Pecco Bagnaia e ganhando-lhe o lugar.

Dia bom em fim de semana com um pouco de tudo, senão vejamos:

peças novas na sua Tech 3, voando agora um pouco mais rápido;

a confiança cada vez mais evidente e agora trazida a público pelo gigante patrão austríaco que pretende Miguel a opinar na receita da futura KTM.

Treinos de qualificação em que bateu Zarco, e se mencionamos o francês é porque o sabemos bicampeão mundial em Moto2 e quem conduz assim não gagueja, acrescentando ainda uma curiosidade, talvez há muito esperada no seu subconsciente, de se ter qualificado a duas décimas apenas de, senhores e senhoras, nem mais nem menos que Valentino Rossi, o 46 mais rápido e fulminante de toda a história da aritmética.

Um pequeno detalhe, bem sei, mas os sonhos de menino são para acontecer e as lendas, um dia, acabam por chegar ao nosso lado.

Um fim de semana que traria ainda a inesperada e pouco imaginável penalização por condução perigosa, quando se manteve lento em trajetória rápida com outros pilotos em pista.

Na corrida propriamente dita, uma vez mais foi arquitetando a sua estratégia, gerindo a logística de uma mota que, curiosamente, conhecia menos bem em virtude dos novos adereços, mantendo à mão de semear quem ele sabia poder vir a tomar de assalto quando soassem as trombetas do tudo ou nada.

Com as quedas que sempre acontecem em corridas, mas que feliz e estatisticamente muito pouco batem à porta de Oliveira, a P20 inicial passou rápido a P16, alimentando desde logo a fortíssima probabilidade de mais um GP com pontos. Veio a P15, a luta ia ficando mais acesa, Zarco saía de cena, Miguel subia, Syahrin acabava também por ficar para trás, a perseguição a Aleix seguia numa batalha taco a taco, e eis senão quando, ao cair do pano, surgia a possibilidade de ultrapassar Bagnaia e em voo picado se conquistava o 13.o posto na hierarquia que a Catedral de Assen acrescentou aos números do Campeonato do Mundo com mais cavalos por metro quadrado.

Olhando para cima, encontraremos Pol a cerca de cinco segundos e meio e um Iannone que fechou o top-10 e a quem Miguel deixou escapar por sete segundinhos apenas.

Bem sabemos que, neste mundo, os “ses” contam para pouco, mas dá uma vontade grande de imaginar a partida na P17 conquistada e que lhe evitaria trânsito mais lento na luta para lugares mais cimeiros.

E com felicidade concluiremos que nem só de azares, sortes e outros quejandos esotéricos se compõe a mística do número 13.

Perseverança da boa, crença sem fim, luta sem tréguas e a certeza de que mais perto estará o dia.

Com um calendário que nos traz Sachsenring com uma pouco habitual distância de somente sete dias entre GP’s, dá vontade de pensar que a subida escadaria acima segue dentro de momentos.

Afinal, parece ter bastado um braço oscilante em carbono, ou algo do género no fantástico mundo da louca tecnologia, para que a esperança em melhores dias se vá vestindo duma certeza que nunca negámos.

Curva a curva, enche o povo o coração de esperança.

Assim nos vai fazendo voar o Falcão.