FEST. Um bom punhado  de nomes a levar o cinema  de volta a Espinho

FEST. Um bom punhado de nomes a levar o cinema de volta a Espinho


Jonathan Morris, Ritesh Batra, Stuart Dryburgh, Manuel Alberto Claro e Gareth Wiley são alguns dos convidados da 15.ª edição do FEST – New Directors New Films Festival, que decorre até 1 de julho em Espinho. Com uma versão inédita de José e Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes.


Depois de um arranque marcado pelo cancelamento da visita da iraniana Marjane Satrapi (Persepolis) – o FEST – New Directors New Films Festival continua, até ao próximo dia 1 de julho, de regresso ao Centro Multimeios de Espinho. 

Her Smell, o mais recente filme do norte-americano Alex Ross Perry em que Elizabeth Moss interpreta uma estrela de rock caída em desgraça – com estreia comercial em Portugal marcada já para o próximo dia 11 – assinalará o encerramento da 15.ª edição do festival focado na divulgação e apoio da obra de realizadores e profissionais emergentes na indústria, com a história de um jovem em luta contra uma depressão e problemas de ansiedade. Antes disso, na competição internacional, haverá oportunidade para assistir a, por exemplo, Manta Ray, vencedor do ano passado do prémio Orizzonti em Veneza. 

A competir pelo Grande Prémio Nacional, em que o festival continua a apostar nos mais jovens cineastas portugueses “cujo trabalho promete vir a marcar o panorama do cinema nacional nos próximos anos”, divididas entre duas sessões, uma seleção de curtas-metragens nacionais. De nomes como Bernardo Lopes, Bruno Carnide, Rúben Sevivas ou Edgar Morais. Numa sessão especial, é exibida uma versão inédita de José e Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes. 

Na competição pelo Lince de Prata Ficção, uma seleção de 21 curtas-metragens internacionais, entre as quais The Summer of the Electric Lion, do chileno Diego Céspedes, vencedora do prémio Cinefondation em Cannes, Bonobo, de Zoel Aeschbacher, vencedora do prémio do público em Clermont-Ferrand, ou Lo siento mi amor, a mais recente obra do espanhol Eduardo Casanova, que há dois anos apresentou em Berlim a sua polémica estreia na longa-metragem – Pieles – e que nesta sua nova curta-metragem apresenta uma visão alternativa sobre o homicídio de John F. Kennedy. 

Para lá das competições que fazem a programação de cinema, regressam também as conferências, debates e workshops que ao longo dos últimos anos vêm fazendo o prato forte do festival que decorre anualmente em Espinho. À 15.ª edição, com a novidade de um painel dedicado à nova vaga do cinema português (27 de junho, às 18h), com Miguel Gonçalves Mendes, Pedro Pinho (A Fábrica de Nada) e os jovens realizadores Pedro Cabeleira (Verão Danado), Duarte Coimbra (Amor, Avenidas Novas) e Bernardo Lopes. E ainda, já nesta quarta-feira de manhã, uma conversa, com o realizador André Gil Mata, em torno do seu Drvo/A Árvore, filmado na Bósnia.

Entre os convidados internacionais que farão o Training Ground desta edição, contam-se, apesar da ausência de Marjane Satrapi, o montador britânico Jonathan Morris, conhecido pela sua colaboração com Ken Loach, o realizador indiano Ritesh Batra, os diretores de fotografia Stuart Dryburgh e Manuel Alberto Claro, que vem trabalhando com Lars Von Trier em filmes como Ninfomaníaca, Melancolia ou The House That Jack Built, o realizador palestiniano Scandar Copti, o produtor Gareth Wiley, a diretora de casting Nancy Bishop.