Para quando o candidato a PR da direita?


Vejo por aí muita gente a falar e a escrever sobre a direita. O PSD e o CDS têm os seus líderes e até putativos futuros líderes. A Aliança, o Chega e a Iniciativa Liberal também. O desastre é iminente e todos já percebemos que num futuro próprio ninguém tirará a esquerda do poder. Pelo…


Vejo por aí muita gente a falar e a escrever sobre a direita. O PSD e o CDS têm os seus líderes e até putativos futuros líderes. A Aliança, o Chega e a Iniciativa Liberal também. O desastre é iminente e todos já percebemos que num futuro próprio ninguém tirará a esquerda do poder. Pelo menos nas legislativas.

No entanto, no meio de tanta especulação, estranho o silêncio dos partidos – e das suas várias correntes – relativamente à Presidência da República. Estranho ainda mais que os jornalistas e comentadores façam de conta que o tema não exista. Marcelo parece um já coroado futuro Presidente reeleito. Ninguém discute, ninguém se chega à frente e ninguém quer saber. Quer à esquerda, quer à direita. Isto é pelo menos o que parece. Mas as aparências iludem.
Mas se a esquerda está feliz com o Presidente Marcelo, será que a direita poderá dizer o mesmo? Teremos todos esquecido o escudo presidencial de Belém a São Bento, na altura da tragédia de Pedrógão? Teremos todos esquecido o escudo de Belém a São Bento que levou à saída de Passos Coelho da liderança do PSD? Ou o mais importante: de que interessa à direita ter um presidente focado em abençoar  a esquerda? 

Nos bastidores há quem fale do ressurgimento de um antigo vulto da direita, que depois de um passado de caminhos sinuosos parece reaparecer qual fénix renascida. Alguém com o estatuto e loucura necessárias para disputar com Marcelo Rebelo de Sousa o espaço do centro-direita nas eleições Presidenciais. Será verdade? As movimentações, pelo menos, parecem-me que sim. Sobre a força eleitoral tenho muitas dúvidas. 

O vento sopra a favor de Marcelo. À esquerda é mais que provável uma não tomada de posição do PS e o aparecimento de um qualquer socialista só para cumprir calendário. À direita, pelo menos com estas lideranças, tudo aponta que o apoio é garantido.

Mas será que os militantes de base dos partidos de direita concordam em manter Marcelo? Será que os independentes de direita estão para continuar a aturar Marcelo? Aqui já tenho algumas dúvidas. No entanto, escolher João Miguel Tavares para o 10 de Junho foi inteligente e calculista – isto para não dizer que foi Marcelo a tentar secar o aparecimento de um outro candidato à direita que contasse com o apoio do comentário político dessa latitude opinativa. Era rapaz para isso e todos nós sabemos.

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Para quando o candidato a PR da direita?


Vejo por aí muita gente a falar e a escrever sobre a direita. O PSD e o CDS têm os seus líderes e até putativos futuros líderes. A Aliança, o Chega e a Iniciativa Liberal também. O desastre é iminente e todos já percebemos que num futuro próprio ninguém tirará a esquerda do poder. Pelo…


Vejo por aí muita gente a falar e a escrever sobre a direita. O PSD e o CDS têm os seus líderes e até putativos futuros líderes. A Aliança, o Chega e a Iniciativa Liberal também. O desastre é iminente e todos já percebemos que num futuro próprio ninguém tirará a esquerda do poder. Pelo menos nas legislativas.

No entanto, no meio de tanta especulação, estranho o silêncio dos partidos – e das suas várias correntes – relativamente à Presidência da República. Estranho ainda mais que os jornalistas e comentadores façam de conta que o tema não exista. Marcelo parece um já coroado futuro Presidente reeleito. Ninguém discute, ninguém se chega à frente e ninguém quer saber. Quer à esquerda, quer à direita. Isto é pelo menos o que parece. Mas as aparências iludem.
Mas se a esquerda está feliz com o Presidente Marcelo, será que a direita poderá dizer o mesmo? Teremos todos esquecido o escudo presidencial de Belém a São Bento, na altura da tragédia de Pedrógão? Teremos todos esquecido o escudo de Belém a São Bento que levou à saída de Passos Coelho da liderança do PSD? Ou o mais importante: de que interessa à direita ter um presidente focado em abençoar  a esquerda? 

Nos bastidores há quem fale do ressurgimento de um antigo vulto da direita, que depois de um passado de caminhos sinuosos parece reaparecer qual fénix renascida. Alguém com o estatuto e loucura necessárias para disputar com Marcelo Rebelo de Sousa o espaço do centro-direita nas eleições Presidenciais. Será verdade? As movimentações, pelo menos, parecem-me que sim. Sobre a força eleitoral tenho muitas dúvidas. 

O vento sopra a favor de Marcelo. À esquerda é mais que provável uma não tomada de posição do PS e o aparecimento de um qualquer socialista só para cumprir calendário. À direita, pelo menos com estas lideranças, tudo aponta que o apoio é garantido.

Mas será que os militantes de base dos partidos de direita concordam em manter Marcelo? Será que os independentes de direita estão para continuar a aturar Marcelo? Aqui já tenho algumas dúvidas. No entanto, escolher João Miguel Tavares para o 10 de Junho foi inteligente e calculista – isto para não dizer que foi Marcelo a tentar secar o aparecimento de um outro candidato à direita que contasse com o apoio do comentário político dessa latitude opinativa. Era rapaz para isso e todos nós sabemos.

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