Transdev está no centro da Operação Rota Final da PJ

Transdev está no centro da Operação Rota Final da PJ


Comunicado da PJ, que realizou buscas a 18 autarquias do Norte do país, fala em empresa de transportes públicos, de grande implementação em território nacional. O i sabe que se trata da Trasndev


A operadora de transportes públicos Transdev é uma das visadas nas buscas realizadas a 18 câmaras do Norte e Centro, no âmbito da megaoperação Rota Final levada a cabo pela Polícia Judiciária do Porto, de Braga e de Aveiro.

Sublinhe-se que a Transdev, multinacional que nasceu em França em 1955 é um dos maiores grupos de transporte de passageiros – que não atua apenas em território nacional –  e é suspeita de ter sido das maiores beneficiadas no esquema de contratos públicos com as autarquias, que motivou o novo raide às autarquias do Norte.

A operação Rota Final contou com 200 elementos da Polícia Judiciária, entre inspetores peritos informáticos, peritos financeiros e contabilísticos, que realizaram cerca de 50 buscas às instalações das 18 autarquias, em busca de documentos relacionados com ajustes diretos a empresas de transporte de passageiros, como é o caso da Transdev, por suspeitas de corrupção e favorecimento pessoal.

"Mediante atuação concertada de quadros dirigentes de empresa de transporte público, de grande implementação em território nacional [que o i sabe referir-se à Transdev] com intervenção de ex-autarcas a título de consultores, beneficiando dos conhecimentos destes, terão sido influenciadas decisões a nível autárquico com favorecimento na celebração de contratos públicos de prestação de serviços de transporte", referem as autoridades, acrescentando assim que as regras de concorrência foram ignoradas, tendo havido lugar a "atribuição de compensação financeira indevida e prejuízo para o erário público". No mesmo documento consta ainda que "também no recrutamento de funcionários se terão verificado situações de favorecimento".

As 18 autarquias visadas são de várias cores políticas: "Águeda, Almeida, Armamar, Belmonte, Barcelos, Braga, Cinfães, Fundão, Guarda, Lamego, Moimenta da Beira, Oleiros, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sertã, Soure, Pinhel e Tarouca", lê-se no comunicado da Polícia Judiciária.

Destaque para a autarquia da Guarda, na qual a gestão do antigo presidente Álvaro Amaro, que abandonou o cargo por ter sido escolhido por Rui Rio para o Parlamento Europeu, está também a ser passada a pente fino pelas autoridades. Sublinhe que a atual presidência de Carlos Alberto Monteiro também esta a ser investigada. 

Entre as câmaras socialistas visadas estão pelo menos a de Vila do Conde, que tem como presidente Elisa Ferraz e a de Oliveira de Azeméis, presidida por Joaquim Jorge. Oliveira do Bairro, ao que o i/SOL apurou, é a única câmara com executivo centrista, liderada por Duarte Novo.

Entre as câmaras socialistas visadas está a de Oliveira de Azeméis, presidida por Joaquim Jorge. Oliveira do Bairro, ao que o i/SOL apurou, é a única câmara com executivo centrista, liderada por Duarte Novo.

[notícia corrigida às 17h30. Inicialmente era referido que a Câmara de Vila do Conde e de Póvoa de Varzim eram duas da  visadas na operação da PJ, no entanto as autarquias não terão​ contrato público com a Transdev]

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