O novo livro de Vítor Pinto Basto, “O rapaz que queria aprender a olhar” é lançado em Braga ao final da tarde desta terça-feira pelo autor, jornalista e escritor Vítor Pinto Basto, na livraria Centésima Página, com apresentação do bibliotecário Henrique Barreto Nunes, depois da obra ficcional ter sido alvo de sessões públicas em Gaia e em Famalicão.
Neste seu quarto livro, Vítor Pinto Basto percorre um repositório ficcional das memórias que guarda do “absurdo existencial” que foi a ditadura salazarista em Portugal, sendo que o autor, com 15 anos de idade, aquando da Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974, faz no livro “uma viagem através do olhar de um adolescente que precisou de aprender a olhar para perceber que a realidade que via escondia outras brutais realidades, com gente na cadeia apenas por querer falar e viver em liberdade”, conforme destaca este jornalista.
Vítor Pinto Basto romanceia “situações invulgares, como a revolta de Salazar contra o bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, contra o general Humberto Delgado (conta a história do seu assassinato)" e explica, por exemplo, porque razão, entre muitas coisas, Gaia foi o único concelho na Área Metropolitana do Porto, nas presidenciais de 1958, a depositar mais votos no candidato democrata Humberto Delgado que em Américo Tomás.
Vítor Pinto Basto, licenciado em Filosofia, jornalista e escritor, trabalhou nas Redações do Jornal de Notícias, do Diário de Notícias, de A Capital, do Europeu e ainda O Jornal.
“O rapaz que queria aprender a olhar” é o quarto livro do autor que também escreveu “O Segredo de Ana Caio” (contos), “Gente que dói – o conflito basco por quem o vive” (reportagem) e “Morto com defeito” (romance), fazendo agora uma incursão pela ficção, com a sua nova obra “O rapaz que que queria aprender a olhar”, através da editora Arqueu.