“É perigoso educar o povo”
Catarina da Rússia
–
Sem Educação não há Democracia possível, só Ditadura! (Max Cunha).
Sem Educação (Literacia) não pode haver Desenvolvimento Humano. (U.N.)
Sem arquétipos não há Família, Religião e Nação. (Max Cunha).
O imobilismo social é favorável a todos aqueles que não tendo “valor”, querem “ABAFAR” a “maioria silenciosa”.
Uma sociedade dinâmica é aquela que vive em permanente sobressalto social à procura dos melhores para dirigirem o País. Esta preocupação, que é verdadeiramente democrática, não é uma prática desta nossa “democracia”.
Portugal, politicamente, esqueceu um pouco aqueles que vivem rodeados de mar, por todos os lados, mas alguns reagiram e “assaltaram” o poder político, instalando toda a família no aparelho do Estado. O que isto significa é que faltam controlo e regras (obrigatórias) que impeçam esta afronta à Democracia.
Precisamos, urgentemente, de uma Sociedade Civil que “TOME CONTA” do País e que se afirme como Nação, em nome da qual tem toda a legitimidade para trabalhar em prol do bem comum.
Como é possível um Parlamento actuar e decidir em nome do povo, quando não foi mandatado para isso? Como pode o povo esperar uma legislação que sirva a Nação, com isenção e igualdade, quando uma classe profissional actua apenas para defender os seus interesses profissionais e “chuta para canto” todas as incompatibilidades de forma a ”limpar” todas as ilegalidades cometidas, com efeitos retroactivos, quando a Lei diz expressamente que isso não existe?
Falta de facto uma Sociedade Civil que impeça tal prática, no futuro, e isso só será possível quando a ESCOLA ensinar, educar e impregnar os futuros cidadãos de valores (Arquétipos) que impeçam qualquer cidadão de ter um comportamento anti-social e anti-democrático.
É uma auto-regulação, sim, mas não é isso que acontece no dia-a-dia de qualquer cidadão quando conduz um automóvel? E por isso não suceder é que cada vez morrem mais portugueses na estrada. Em vez de patrulharem as estradas, “patrulhem” as Escolas para que os futuros cidadãos tenham respeito por eles próprios e pelos outros.
Ou é assim ou caso contrário terá que ser de outra forma, como por exemplo o excesso de velocidade ser punido com multa, pesada, e uma semana de cadeia.
Se não, aprendem na Escola têm que aprender na prática do dia-a-dia. São os “tarimbeiros” da sociedade, mas alguns até vêm a ter comportamentos adequados à vida em sociedade.
A sociedade portuguesa, em nossa opinião, precisa primeiro de sociólogos e só depois de psicólogos e psiquiatras.
Em Portugal não há Cultura de prevenção, só se actua “a posteriori”. Impõe-se, cada vez mais, uma Sociedade Civil que desperte a Escola, a Família e a Nação para o cumprimento dos seus objectivos e finalidades, tomando consciência de que o seu papel é essencial, insubstituível e legítimo, já que é institucional.
Uma Política sem valores e princípios corrói a Democracia que, no Ocidente, civilizado, ainda é julgado o melhor sistema, e, por isso, e contra isso, é que a Sociedade Civil deve actuar para promover o bem comum, acabar com a corrupção e promover a igualdade entre todos, mas sem esquecer premiar o Mérito, daqueles que o possuem, para que possam colaborar na realização desse bem comum e na defesa do estilo de vida da nossa sociedade.
Por tudo isto, e por causa disto, a Escola, a Família e as Crenças, é que são a herança a preservar e a consolidar, para formar aquilo a que se chama Nação: “um conjunto de pessoas, com um passado comum, com um presente comum e com projectos comuns para o futuro”, como no ensino Renan.
Aonde está a “Sociedade Civil”?. Era tempo do seu ressurgimento, agora que estamos em plena crise social motivada pela ausência de valores.
*Sociólogo
Escreve quinzenalmente