O projeto de recuperação do quarteirão da Portugália, que inclui a construção de um prédio com mais de 60 metros de altura na Avenida Almirante Reis, em Arroios, contará o apoio dos socialistas e dos sociais-democratas.
No entanto, o vereador do PSD João Pedro Costa, que já tinha revelado ao i não apoiar o projeto, confirmou esta quinta-feira no Facebook que está contra aquela que será a posição do seu partido, inicialmente avançada pelo Diário de Notícias. “Eu militarei contra este projeto”, escreveu no post onde também partilhou a capa do i de quarta-feira, sobre o assunto.
Na mesma publicação, o social-democrata apelou ainda à participação dos cidadãos na discussão do projeto, revelando as duas datas de apresentação oficial do projeto – exigidas pelo PSD: “16 de maio, 18:30h, Ordem dos Arquitetos; 21 de maio, 18:30h, Junta de Freguesia de Arroios. Apareçam e participem”, apelou.
Sublinhe-se que o projeto Portugália Plaza, que já tem o parecer positivo do departamento de Urbanismo da autarquia liderado por Manuel Salgado -, ainda está para consulta pública, como obriga o Plano Diretor Municipal, até dia 12 de maio.
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No entanto, há também críticas à forma como os cidadãos se podem pronunciar sobre o projeto. O fundador do Fórum Cidadania Lx, Paulo Ferrero, lamenta que não haja um documento online para consulta e participação. “Regredimos – coisa estranha – para a consulta presencial”, afirmou ao i. “Só há [verdadeira] participação pública em coisas para inglês ver, como o tal de Orçamento Participativo (OP), um perfeito embuste”, defendeu.
Sublinhe-se que o PS e o PSD parecem estar de acordo na aprovação do projeto. Na terça-feira, o comunicado da vereadora social-democrata Teresa Leal Coelho, citado pelo Diário de Notícias, revelava “o seu acordo de princípio a este investimento privado”.
No comunicado, era frisado que o PSD tinha exigido a realização de duas apresentações aos cidadãos, o que prolongaria o prazo de consulta pública inicialmente prevista até 12 de maio. No entanto, a contrapartida seria o tal acordo entre PS e PSD, com o qual as obras receberiam “luz verde para arrancar”.