Coimbra. Professores da universidade “profundamente envergonhados” com carro da queima das fitas

Coimbra. Professores da universidade “profundamente envergonhados” com carro da queima das fitas


Carro desfilou no domingo sem nome


Vários professores da Universidade de Coimbra revelaram estar “profundamente envergonhados e amargurados” com o nome escolhido para o carro da queima das fitas dos alunos do curso de História – que decidiram batizar o carro de Alcoholocausto.

Através de um abaixo-assinado, os professores vincam a sua posição publicamente, afirmando que sentem "inteiro repúdio e total rejeição" pelo nome escolhido.

E defendem que “é particularmente grave que sejam estudantes universitários de História a colaborar numa lógica de banalização que os aproxima, objetivamente, do negacionismo”.

O carro do curso de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra desfilou no cortejo de domingo sem nome, após a polémica gerada. As críticas choveram de todos os lados, uma vez que o nome Alcoholocausto fazia referência, em tom de brincadeira, à morte de milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

No entanto, os estudantes sentiram que estavam a ser alvo de censura e não quiseram deixar o assunto passar em branco. Apesar de não ter nome, no carro foram colados cartazes que criticavam a situação. “Com esta polémica toda, parece que ainda há polícia académica”, podia-se ler nos cartazes.