Durante a sua visita ao Paquistão o princípe da coroa saudita, Mohammed bin Salman, "ordenou a libertação imediata de 2107 prisioneiros paquistaneses" presos na Arábia Saudita, afirmou no Twitter o ministro da Informação do Paquistão, Fawad Chaudhry. Salman anúnciou ainda um acordo para investimento de cerca de 20 mil milhões no país. A visita do príncipe herdeiro é a primeira do seu périplo asiático, visto como uma tentativa de reconstruir a sua reputação, manchada pelo brutal assassinato do jornalista Jamal Khashoggi dentro da embaixada saudita em Istambul.
Os milhares de paquistaneses presos no reino da Arábia Saudita são um assunto sensível no Paquistão, dado que existe a percepção de que a maioria serão trabalhadores pobres, sem acesso a recursos legais. Muitos paquistaneses imigram para a Arábia Saudita à procura de trabalho, num país rico em petróleo, acabando muitas vezes por fazer trabalhos mal pagos e com poucas condições laborais.
A família real saudita tem grande influência no Paquistão, um país conservador e de maioria muçulmana, enquanto responsáveis pelos locais mais sagrados do islão, Meca e Medina. Além disso os dois países têm laços profundos, com a economia paquistanesa a ser frequentemente sustentada pela Arábia Saudita, e os interesses da família real saudita recebendo o apoio das poderosas forças armadas do Paquistão.