Pais fecham escola a cadeado

Pais fecham escola a cadeado


Protesto dos pais por obras que não se fazem


A Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, o maior estabelecimento de ensino em Vieira do Minho, está fechada com cadeados, em protesto pelo impasse quanto ao início das obras de requalificação do edifício.

O encerramento foi agendado para hoje e amanhã, por unanimidade, pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, “como forma de protesto e tentativa de persuasão junto do Governo para que seja desbloqueado o montante necessário e suficiente para a realização da obra”, segundo o seu presidente, Paulo Magalhães, que até à última hora tentou evitar a situação, esperando uma resposta positiva do Ministério da Educação.

“A posição assumida pelos encarregados de educação vai ao encontro da linha de atuação do Executivo Municipal”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, António Cardoso.

Segundo o mesmo autarca, “só subindo o preço-base em cerca de 300 mil euros poderão surgir candidatos para realizarem a obra”, defendendo “ser importante e necessário que o projeto não perca qualidade e que não se avance para uma intervenção do faz de conta”, até porque “se há dinheiro para as escolas em outras localidades, também tem de haver condições para obras nas escolas de Vieira do Minho”.

“A não adjudicação da obra deve-se à inflação de preços por parte dos construtores que concorrem a estes concursos públicos, à semelhança do que está a acontecer em muitos estabelecimentos de ensino do país, na mesma situação”, acrescentou António Cardoso.

Foram já abertos três concursos para a obra, todos pelo preço-base de 2.75 milhões de euros, tendo os dois primeiros ficado desertos, enquanto o terceiro “não tinha as condições necessárias para começar os trabalhos de requalificação”, salientou o mesmo autarca.

 “A Câmara Municipal de Vieira do Minho, apesar de não qualquer responsabilidade na obra, já vai entrar com 225 mil euros”, disse ainda António Cardoso, destacando que “o empreendimento seria comparticipado em 75 por cento graças aos fundos comunitários, assumindo o Governo e a autarquia a parte restante, em partes iguais, segundo acordado”.