O governo brasileiro tem como objetivo concessionar linhas de caminho de ferro, aeroportos e terminais portuários para atrair investimento. Quem o disse foi o presidente Jair Bolsonaro, num tweet publicado antes do primeiro conselho de ministros do seu governo, no Palácio Planalto, em Brasília.
“Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de sete mil milhões de reais [1,6 milhões de euros] com concessões de ferrovia, 12 aeroportos e 4 terminais portuários”, escreveu o chefe de Estado.
A primeira reunião de alinhamento da política do governo durou cerca de quatro horas e esteve centrada na necessidade de desburocratização e diminuição da máquina do Estado.
“Cada ministro deverá fazer um levantamento de todos os imóveis existentes, principalmente nos estados e nas capitais, com o objetivo de racionalização do uso dessas estruturas”, referiu o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
“O objetivo é racionalizar e depois permitir a venda desses imóveis. As primeiras informações são gigantescas. A união tem próximo de 700 mil imóveis”, referiu o ministro.
Lorenzoni explicou ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficou incumbido de apresentar até à próxima segunda-feira um plano de reforma da previdência para ser apresentada à votação no Congresso.
O governo quer também acabar com os conselhos existentes no Estado e simbolicamente já fechou o Conselho de Desenvolvimento Económico e Social, criado no tempo do governo de Lula da Silva, como órgão consultivo do presidente em todas as áreas do poder executivo federal, composto por representantes da sociedade civil.
Onyx Lorenzoni garante que foram criados centenas de conselhos nos últimos anos, empregando “um volume muito grande de pessoas, o que traz custos para a administração pública e, em muitos momentos, eles se sobrepõem, sendo repetidos em ministérios diferentes conselhos que, às vezes, têm quase a mesma função”, explicou o ministro, garantindo que vão passar a “pente fino” toda essa estrutura.