Mais uma vez o twitter de Donald Trump está a gerar polémica: numa imagem que o presidente norte-americano partilhou aparecem vários elementos da política dos Estados Unidos atrás das grades, entre eles Barack Obama e Bill Clinton.
Não é a primeira vez que Trump publica tweets sobre a investigação da interferência russa nas eleições norte-americanas. O alvo anterior foi o procurador especial Robert Mueller, o responsável pela investigação, a quem Trump fez vários ataques nas redes sociais.
Neste caso, Trump partilhou uma publicação da página The Trump Train – que se intitula como “o melhor movimento político da história” – onde os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton aparecem atrás das grades. Também Hillary Clinton, o próprio Robert Mueller e Rob Rosenstein, procurador-geral ajunto, aparecem na montagem.
Na descrição pode ler-se: “Agora que o conluio da Rússia foi provado ser mentira, quando começa o julgamento por traição?”. O caso ainda está a decorrer e não há qualquer conclusão judicial.
— The Trump Train 🚂🇺🇸 (@The_Trump_Train) 28 de novembro de 2018
Esta publicação surge numa altura em que foram conhecidos um conjunto de avanços na equipa de investigação de Mueller, entre eles a violação do acordo entre os procuradores da equipa do conselheiro especial e o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort: os procuradores entregaram um requerimento judicial a argumentar que Manafort lhes mentiu, violando assim o acordo judicial que tinha assinado em troca de uma pena mais leve.
Barack Obama criticou esta terça-feira ao envolvimento de Donald Trump nos processos legais em que é investigado. “As pessoas perguntam-me o que me surpreende mais nesta Presidência. É a forma como os Estados Unidos estão a desvalorizar a ordem internacional. Se há um problema no mundo, as pessoas não ligam para Moscovo, nem para Pequim, ligam para Washington. Mesmo os nossos adversários esperam que nós resolvamos os problemas”, disse o ex-presidente.
“Eu nunca fui indiciado, ninguém a minha administração foi indiciado”, disse Obama, reforçando que a administração “foi o único governo da história moderna de quem se pode dizer isso. Ninguém chegou perto de ser indiciado porque as pessoas que se juntaram a nós estavam lá pelas razões certas”.