No Afeganistão vive-se aquela que é considerada a pior seca há décadas no país, o que tem levado alguns afegãos a venderam as suas filhas para casamento como forma de pagarem dívidas ou comprarem comida.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo menos 161 crianças foram vendidas num período de quatro meses nas províncias afegãs de Herat e Basghis.
As crianças, entres as quais seis são rapazes, têm entre um mês e dezasseis anos.
De acordo com Alison Parker, porta-voz da UNICEF, estas crianças foram "prometidas, casadas ou… vendidas porque os seus pais estavam endividados", incluindo aquelas que são apenas bebés.
“Antes da seca, mais de 80% das famílias já estavam endividadas", referiu Alison Parker, numa conferência internacional em Genebra, acrescentado ainda que as pessoas esperavam pagar as suas dívidas após as colheitas, mas, com a seca, não o puderam fazer.
A prática do casamento infantil é uma “norma social enraizada” no Afeganistão.
Segundo a ONU, devido à seca, cerca de três milhões de afegãos estão em risco de fome.