Ainda não está fechado, mas está cada vez mais perto. O Palmeiras, orientado por Luiz Felipe Scolari (antigo selecionador de Portugal e do Brasil), goleou na noite desta quarta-feira o América Mineiro (4-0, com o último golo a ser apontado por Deyverson, antigo avançado de Benfica B e Belenenses) e está a dois pontos do título de campeão brasileiro, o décimo do seu historial, quando faltam duas jornadas para o fim do Brasileirão.
O Verdão, de resto, só não pôde ainda festejar porque o Flamengo também venceu (2-0 ao Grémio). A partida no Allianz Parque, aliás, ficou marcada por um momento caricato: no ecrã gigante surgiu um adepto a perguntar "Golo do Grémio?", numa interrogação que acabou por ser entendida por todo o estádio como… uma afirmação. De pronto, adeptos e até os jogadores e o próprio Scolari começaram a festejar, percebendo depois que a informação não correspondia à realidade – o próprio adepto, via Twitter, explicou depois que estava de facto a perguntar, e não a afirmar. Mas vale a pena ver:
Torcida do Palmeiras achou que havia saído um gol do Grêmio contra o Fla e vibrou. Jogadores entraram na onda https://t.co/W8r6tKbKYs pic.twitter.com/DIy6dGivNJ
— globoesportecom (@globoesportecom) 22 de novembro de 2018
O champanhe ainda não pôde ser aberto, mas o título parece perfeitamente seguro. Este domingo, o Palmeiras visita o reduto do Vasco da Gama, outro histórico que trava neste momento uma árdua batalha para evitar a descida de divisão, recebendo na última jornada o Vitória da Baía, mais uma equipa envolvida na luta pela permanência. Por agora, são cinco os pontos que separam o Verdão do Flamengo – os cariocas deslocam-se nesta ronda ao terreno do Cruzeiro e recebem depois o Atlético Paranaense.
Aos 70 anos, e exatamente 22 anos depois de ter conquistado pela primeira vez o título brasileiro, então ao comando do Grémio, Scolari prepara-se para juntar mais um troféu ao vasto palmarés que foi enriquecendo desde então, onde figuram, entre outros, duas Libertadores (Grémio e Palmeiras) e um Campeonato do Mundo, pelo Brasil em 2002. Quando, em julho passado, foi escolhido pela direção paulista para substituir Roger Machado, muitas foram as críticas no Brasil, onde Felipão começava a ser visto já como um treinador ultrapassado. Ao seu estilo, Scolari respondeu na última madrugada (hora portuguesa).
"Eu faço o meu trabalho. Se estiver a trabalhar bem, depois a avaliação é feita pela direção e pelos adeptos. O que dizem não muda nada. Eu tenho é de estar contente comigo. Tenho de saber se tenho condições para gerir o grupo, mudar no campo… quando sentir que não tenho essa capacidade vou parar. Por enquanto tenho. Essa história dos 70 anos… com 70 anos eu faço o mesmo que meninos de 20. Não com muita frequência, mas faço", atirou.