Acabei de ler a Biografia (autorizada) do General José Alberto Loureiro dos Santos, pela Luísa Meireles.
Agora posso afirmar, sem tibiezas, que se trata de uma obra obrigatória…
Ainda que com a subtileza de uma pessoa que escreve bem… disfarçando com mestria algumas situações mais incómodas, fazendo um percurso cruzado, não linear, mas apesar de tudo com a objetividade possível quando se é admirador e Amigo, Luísa trata de todas as etapas com rigor e de forma sustentada.
Como já disse e escrevi por várias vezes… aprendi ao longo dos meus 46 anos de Vida Militar… a respeitar… a ouvir… a compreender… e, a atentar seguir Loureiro dos Santos.
Revejo-me em muito nele… passe o pretensiosismo e a imodéstia…
Disto darei conta nas minhas memórias.
A sua Diretiva para a Reestruturação das Forças Armadas que com coragem, rigor e lucidez redigiu em abril de 1976 e, foi promulgada pelo então jovem Presidente da República, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e Presidente do Conselho da Revolução… mas que hoje diz não ter tido condições “políticas” para fazer cumprir… constituiu-se como o meu “Farol, ao longo da minha carreira,”.
Sempre que pude, quando as circunstâncias mo proporcionaram, tentei sempre dar-lhe seguimento e contribuir para que visse a Luz do Dia.
Considero-me pois confortável ao sugerir ao Major-General Vieira Borges, Comandante da “minha” Academia Militar (e também ele um estudioso de Loureiro dos Santos), que torne esta obra de leitura obrigatória nas férias dos Finalistas… e que no início do próximo ano letivo a Academia Militar organize uma Jornada de Reflexão sobre o Militar, o Cidadão e o Patriota José Alberto Loureiro dos Santos.
Se o fizer lá estarei…
Loureiro dos Santos foi um Gigante… o que mais diminui os “Pigmeus” que infelizmente, nos últimos dez anos, têm “ocupado” o lugar de Chefe do Estado-Maior do Exército.
Ao Meu General
Reconhecido e grato agradeço tudo o que escreveu, me transmitiu e sugeriu em variadas conversas que, ao longo da vida fomos tendo… e algumas não foram nada fáceis.
A palavra gratidão tem sido ignorada no léxico quotidiano e afastada da sua expressão pública, mas quero, com humildade, afirmar que uma das agulhas da minha vida é ser seu amigo e seguidor.
Jamais a “justiça dos homens” lhe será feita em tempo oportuno, o que cimenta a minha convicção, traduzida em juramento, que não mais tolerarei a inveja, a incompetência e a ingratidão.