Cinco pessoas morreram na sequência de uma possível intoxicação por monóxido de carbono na povoação de Fermentões, concelho de Sabrosa, perto de Vila Real. O alerta foi dado pouco depois das 16h30 por familiares e a primeira informação que a GNR de Vila Real recebeu foi que estava “um odor a gasolina” no local onde foram encontrados os corpos.
As vítimas são pai, mãe, tio e duas filhas, com nove e 14 anos, e terão morrido durante a madrugada de sábado para domingo, embora só tenham sido descobertos a meio da tarde deste domingo. Segundo as declarações do Comandante José Barros à SIC Notícias, “os corpos estão em rigidez cadavérica, o que significa que faleceram há já algumas horas”, acrescentando que foram encontradas nos quartos e na sala/cozinha. Os corpos ainda estão dentro de casa.
Até agora não se coloca de parte a possibilidade de ser uma intoxicação de outro género, ficando a dúvida se terá sido por monóxido de carbono ou por intoxicação alimentar provocada pela ingestão de cogumelos. Como afirmou o Comandante, “são apenas suposições, não há certezas”. A tese que a Polícia Judiciária de Vila Real está a privilegiar, e que o INEM confirmou, é que terá sido mesmo pela inalação de monóxido de carbono. Também o Instituo Nacional de Emergência Médica avançou que a causa da intoxicação foi a inalação de monóxido de carbono. No entanto, a natureza do acidente só será confirmada depois de ser realizada a autópsia dos corpos.
De acordo com os bombeiros, a casa onde foi encontrada a família está em obras e tem poucas condições. Ainda sem janelas e sem partes do telhado, a casa também não tinha energia elétrica. Além de estar a ser alimentada por um gerador colocado dentro de casa, existe também uma salamandra que poderá ser a causa da morte. Trata-se de uma segunda habitação onde a família ia esporadicamente, já que o casal era caseiro numa quinta no Douro.
No local estão as equipas dos Bombeiros de Sabrosa e a GNR, num total de 23 operacionais e 12 veículos de apoio, segundo informação dada pela Proteção Civil na sua página da internet. A casa foi isolada e a PJ de Vila Real está no local para recolher indícios e para, posteriormente, os corpos serem transportados para o Instituto de Vila Real ou do Porto.
O presidente da Câmara de Sabrosa referiu aos jornalistas que se encontram no local que “a situação fez tudo, não houve manobras, não houve salvamento, não houve nada. A situação é muito difícil. É uma desgraça para a família, para a povoação e para o município”.
À família e amigos das vítimas está a ser prestado apoio psicológico pelas equipas do INEM e da autarquia num espaço da Junta de Freguesia.