Viveu em Portugal nos anos 1960 com a família, entre os seis e os dez anos, O pai veio trabalhar num plano de recuperação da indústria têxtil. “Lembro-me desses tempos, foram extraordinários, e quando voltámos para a Noruega já me sentia meio português.” Mesmo não sendo a mesma que era, mesmo não falando português, “a relação com Portugal” mantém-se “muito forte”. Da casa no Porto lembra-se do “cheiro forte a água salgada no inverno” e do “frango assado das refeições de domingo no campo”. Garante que são “memórias fortes que se mantiveram” vivas em si, tantos anos passados. Talvez porque, diz, Portugal e a Noruega não são assim tão diferentes – países pequenos com forte ligação ao mar. Não é de estranhar que tenha pedido ao distribuidor do filme que, não podendo estar em todos os países, que pelo menos lhe marcasse Portugal. E o filme, que se estreia hoje em Portugal, é uma reconstituição dos atentados de 22 de julho na Noruega. “Utoya: 22 de Julho” narra o massacre de 69 jovens na pequena ilha de Utoya.
Escolheu contar a história do massacre de Utoya colocando a câmara no meio das vítimas, era essa a sua ideia desde o princípio do projeto?
De certa forma, tudo começou por sentir que o foco estava a mudar, que a memória do que tinha acontecido estava a esbater-se, que a dimensão do que tinha sucedido estava a esbater-se. Ao mesmo tempo, os sobreviventes e as organizações de familiares estavam a sentir a mesma coisa. Por isso, quando ouviram dizer que estava a trabalhar neste projeto, contactaram-me para dar o seu apoio. Para tentar perceber o que tinha acontecido, entrevistei mais de 40 sobreviventes. Senti, além disso, que todos os filmes feitos sobre este tipo de incidentes eram sempre sobre os perpetradores, nunca vi discussões sobre o que fazer para evitar que voltem a acontecer – são apenas vistos como entretenimento. Queria, então, ver se seria possível contar a história de uma perspetiva nova, olhando para as vítimas e tentando ver o acontecimento da sua perspetiva. Mas precisava de me abrir, para integrar os sobreviventes no projeto, para os ter ao meu lado enquanto trabalhava no argumento, quando estava a ensaiar com os atores e mesmo na altura das filmagens na ilha. A razão pela qual quis fazer tudo numa única toma – o que não é difícil, diga-se, em termos técnicos – é porque muitos dos sobreviventes que entrevistei diziam a mesma coisa, que aqueles 72 minutos de duração do ataque pareceram ter demorado uma eternidade. Seria possível introduzir o tempo como elemento, como personagem? Hoje, o tempo parece ser a única coisa com que passamos o tempo a lutar – tudo é possível nos filmes em termos técnicos -, por isso, quis montar a câmara como nos filmes antropológicos e captar as coisas tal como são. Daí ter filmado tudo num único take, seguindo uma pessoa e criando uma história ficcionada sobre ela e o seu grupo, mas assente naquilo que ouvimos em relação ao que lá se passou, criando uma ficção que, ainda assim, seria a mais genuína representação do que aconteceu. Passei quase um ano à procura do ponto de vista e a construí-lo.
Qual foi a reação dos sobreviventes quando viram o filme?
Trabalhei durante um ano no projeto sem que ninguém soubesse. Tinha medo que os média fizessem grandes parangonas – que fizeram, quando souberam – e transformassem o projeto numa coisa diferente do que realmente é. Era importante apresentar o projeto aos sobreviventes, passar tempo com eles, incluí-los e construir o projeto em conjunto, antes que se tornasse notícia nos jornais. E quando o projeto virou notícia e se ouviram as vozes céticas dizer “ainda é muito cedo”, “isto é errado”, “vão fazer entretenimento com o pior dia da minha vida”, essas vozes tiveram a resposta dos sobreviventes a dizer “ouve, não é demasiado cedo, é, se calhar, até demasiado tarde, porque estamos a perder a noção do que se passou. O discurso de ódio na internet, a ascensão do movimento de extrema-direita a suceder tão depressa e a nossa experiência de estar lá na ilha, perdendo tantos dos nossos amigos, quase perdendo a vida, mostra como é curto o caminho entre essas palavras de ódio na internet e uma pessoa achar que é sua obrigação transformar essas palavras em ação”. Temos de fazer lembrar as pessoas, temos de olhar para essas palavras como sendo um enorme desafio e não as subestimar apenas como palavras. Podemos dizer que não são uma ameaça à sociedade, mas a verdade é que são.
Mas quando estreou o filme, qual foi a reação dos sobreviventes ao vê-lo?
A ideia essencial é que, se eles não sentissem que esta história lhes pertencia e que representava a sua história, então eu tinha falhado. Ao tê-los comigo no processo, estavam lá para dizer não ou para ajustá-lo. Se não acreditassem no que estava no ecrã, o filme perdia importância. Se lhes perguntar sobre o filme da Netflix que já saiu [realizado por Paul Greengrass], usarão palavras que não posso usar aqui, mas de certeza que é uma obra que não reconhecem como verdadeira. Quando acabámos o filme, apresentámo-lo numa série de visionamentos em todo o país antes de se estrear nos cinemas para que os sobreviventes fossem os primeiros a vê-lo, com uma equipa de psicólogos para os ajudar. Fizemos isso durante um mês. Tivemos, na Noruega, uma grande discussão durante sete anos sobre onde deveria ser construído um memorial, quais os artistas e como deveria ficar. O nosso maior jornal, o “Aftenposten”, afirmou em editorial que se calhar havia chegado a altura de parar de discutir e que este filme podia ser o nosso memorial. E isso tem sido o assunto do último mês, o filme tem conseguido captar a atenção de toda a nação. Por isso, os sobreviventes sentem-se orgulhosos por fazerem parte do filme, sentem-se gratos – não em relação a mim como realizador, mas em relação a todos aqueles que ajudaram a montar o projeto.
O seu filme não poderia ser mais distinto do de Paul Greengrass, mas sinto que o seu é mais político que o dele, construído mais como um thriller, com múltiplos pontos de vista…
Provavelmente porque é mais zangado. Fiz o filme zangado, com uma série de jovens zangados e de pais zangados, e a única maneira de agarrar e usar essa ira, quase como um processo curativo e de maneira construtiva, era fazê-lo o mais verdadeiro que pudéssemos. O facto de alguém cantar no filme está baseado no facto de haver testemunhos de quatro lugares diferentes onde as pessoas cantaram. E não cantaram porque queriam, cantaram porque alguém precisava de ajuda. Usaram humor, como se vê no filme, não para gozar, mas para evitar que alguém se desmoronasse completamente. Quanto à violência, não foi experimentada como nos filmes, onde se vê muito graficamente; a violência estava no som. Discuti muito comigo e com as pessoas à volta do que era a câmara de filmar e o que representava. Era outra pessoa? Alguém com quem se podia conversar, a quem se podia pedir ajuda? Dediquei-me a isso durante um ano, decidindo as regras para a câmara. Entre filmes ando por aí com uma câmara e vou para a República Democrática do Congo ou para o norte do Paquistão, e tenho todas essas filmagens em que ando às voltas, a tentar captar o que se passa. Na RD Congo há uma toma específica que dura uns 20 minutos e, juntamente com o Martin [Otterbeck], o diretor de fotografia, estudámos isso. A pergunta é quem é esta pessoa? É alguém que está a tentar contar uma história estando lá? Eu não desliguei a câmara quando estava a correr de um lado para o outro, e essa é basicamente a resposta. É alguém que está lá. E como não queria os atores a representar em frente à câmara, a câmara podia às vezes espreitar e depois esconder-se. Quando o tipo está a disparar contra nós, também nos escondemos, tal como aconteceu com as minhas filmagens na RD Congo. A minha única ideia era, não querendo deliberadamente não o mostrar [a Anders Breivik, o autor do massacre], mostrá-lo como os jovens o vislumbraram, porque a violência que sentiram foi a do som, o som dos amigos a chorar ou a pedir ajuda, o som dos disparos e o silêncio.
Mesmo o silêncio é pesado, dramático, porque não sabemos se a ameaça está ali ou no outro lado da ilha.
Durante muito tempo, eles pensavam que eram vários atacantes. E, então, mesmo quando ouviam o som num lugar longe, tinham medo de haver outro, prestes a atirar, mais perto. E nesta ilha quase não há esconderijos. Era o terror. O desafio foi como contar esta história da forma mais verídica possível sem fazer o espetador questionar se estava perante um filme de género, um filme de terror. Precisei de me sentar com os meus argumentistas [Siv Rajendram Eliassen e Anna Bache-Wiig] e dizer-lhes: “Temos de esquecer a estrutura, só temos de ouvir estas pessoas, juntar tudo e fazer um mapa do que aconteceu e contar como aconteceu.” E isso permitiu que a nossa protagonista perdesse a vida no fim.
Em que momento é que decidiu que a sua protagonista deveria morrer?
Provavelmente, na última parte do trabalho de argumento. O que se passou na ilha de Utoya não é como um filme de Hollywood, o herói não sobrevive e os maus não são mortos. A vida não é como Hollywood nos está sempre a dizer, por isso, queria contar outra história. Investindo o tempo para conhecer a protagonista, estivesse ela a fazer boas ações ou não. Queria que fosse o mais verdadeiro possível, mais próximo de como podíamos reagir. Nós não somos heróis como nos filmes. Gostávamos de ser, fazemos boas ações, mas a maneira natural de comportamento é fugir para salvar a vida. E não há nada de errado nisso. Estive em muitos conflitos em África, na Ásia, ao longo dos anos, e respeito realmente a forma como as pessoas reagem. Já o vi, é a natureza humana.
O instinto de sobrevivência…
Exatamente. E se não contamos a história assim, se continuamos a contar a história à moda de Hollywood, criamos aquilo que se passou depois de Utoya, com os sobreviventes a lutarem para refazer as suas vidas, por causa do sentimento de não terem feito o correto; o facto de sobreviverem faz com que se sintam como se tivessem causado a perda da vida dos seus amigos. E foi por puro acaso que uns morreram e outros sobreviveram. E ninguém fez nada de mal naquela ilha, a não ser o atirador.
E quem procura a irmã morre e a irmã acaba por sobreviver.
Queria que o filme tivesse um pouco de esperança e são os sobreviventes que contam a história. E eles são a esperança. A esperança de promover a discussão sobre o que podemos fazer para evitar que isto volte a acontecer. E se há um critério para medir o sucesso deste filme será o de saber se contribuiu para aumentar essas discussões. E conseguiu na Escandinávia, onde têm surgido muitas discussões. E agora deverá ser mostrado em todas as escolas da Escandinávia. Para que as pessoas possam discutir o que fazer para defender a nossa democracia. E que esta ascensão da extrema-direita é, provavelmente, a nossa maior ameaça neste momento.
O que pensa da política na Noruega nesta altura? Mesmo com o que se passou em Utoya, o Partido do Progresso, de extrema-direita, faz parte da coligação de governo.
Essa é a razão pela qual os sobreviventes queriam este filme. A situação na Noruega não mudou, a ascensão da extrema-direita continuou. O que podemos fazer para os integrar na sociedade e começar a falar com eles, em vez de dividir a sociedade como acontece neste momento? O que é que aprendemos? Essa discussão está a surgir agora, mas Utoya foi há sete anos.
Em algum momento do projeto teve vontade de se encontrar com Breivik?
Há tantos livros sobre o que se passou e quase todos são sobre o Breivik, poucos livros ou artigos se escreveram sobre as vítimas. A história das vítimas é aquela que não sabemos. Ou a história do que isso fez à nossa democracia. Ou a forma como afetou o Partido Trabalhista. Sabemos tanto sobre Breivik, e ele expressou duas vezes a sua ideologia em tribunal, e agora até a Netflix fez um filme sobre ele – que é um conto fantástico tão grande que a última hora é ficção e não tão verídica como querem fazer-nos pensar. E por mais que respeite Greengrass, os produtores tomaram-lhe conta do filme. Sinto que é importante curar a ferida, aprender e recuperar o confronto e discutir os assuntos difíceis. Não sinto que precise de mais informação sobre ele, não tenho vontade de me encontrar com ele, não sinto qualquer obrigação de lhe dar mais fama, é por isso que nem sequer uso o seu nome. E acho que os nossos líderes deveriam considerar a sua responsabilidade ao darem-lhe mais fama ou ao darem aos criminosos tanta fama quando fazem o que fazem.
Conhecia Utoya antes deste projeto?
Sim. Todos nos lembramos do dia. Eu lembro-me onde estava. Foi uma espécie de momento determinante para todos nós. A imagem que tinha de Utoya é que era um acampamento de verão, um sítio bonito, com uma imagem positiva, de gente jovem dedicada à política e à forma de tornar este mundo melhor. Visitei a ilha várias vezes antes, dei lá palestras. Hoje conseguiram recuperar Utoya, passaram sete anos a reconstruí-la, e voltaram os debates. Estive lá este verão e é um sítio maravilhoso para estar.
Uma das grandes questões que se levantam é porque levou a polícia 72 minutos a chegar à ilha?
É uma pergunta interessante. Criaram–se comissões para investigar e mudar grande parte dos sistemas e das reações. A razão mais óbvia é a bomba que explodiu no centro de Oslo [e matou nove pessoas] – é como se uma explosão tivesse levado parte de Lisboa e havia algo a acontecer no Estoril. Ninguém estava preparado para a bomba. A Noruega, como Portugal, continua a ser um sítio tranquilo. Para muitos noruegueses foi uma coisa a que se agarraram, precisavam de alguém a quem atribuir culpas.
Em 2011, a ação de Breivik era uma exceção na Europa; hoje em dia, não parece exceção. Em Espanha prenderam um lobo solitário que ameaçou matar o primeiro-ministro e, em França, a polícia deteve seis pessoas que planeavam um atentado contra o presidente. Poderão existir outros Breiviks por aí?
Provavelmente. O que temos de ter em consideração é que ele se tornou uma referência para muitos grupos de extrema-direita da Europa. Mais uma vez, temos de levar isto a sério. Temos de perceber que isto é uma ameaça. Antes do mais, às nossas democracias, aos nossos valores. E está a crescer neste momento. Temos de perceber que as palavras andam aí a circular na internet, mas já não são expressas por eles, mudaram-se para a política, há políticos eleitos por nós que começam a usar esse discurso de ódio. Já aconteceu na Noruega: a nossa ministra da Justiça, do partido da extrema-direita que governa em coligação com os conservadores, disse coisas que nunca acreditaríamos ouvir um político dizer, talvez nos anos 1930, mas não hoje. E não são deslizes, são afirmações deliberadamente usadas por políticos hoje em dia. Em resultado disso, estão a dividir-nos em grupos, a dividir o mundo e a deixar-nos cheios de medo. Temos de unir-nos e discutir com eles, argumentando, é a única arma que podemos usar.
Existe uma normalização do discurso de ódio.
Mas é preciso perceber que não representa a maioria das pessoas. Nós somos a maioria e podemos confrontá-los, mas sem os empurrar para as margens, temos de fazer tudo para os incluir, permitir--lhes que se expressem e confrontar esse discurso com argumentos. Porque se os perdermos e se sentirem marginalizados nesta sociedade, como Breivik se sentia, não teremos controlo e ficarão mais fortes. O perigo está em proibi-los, porque se estiverem fora do controlo da sociedade perdemos na mesma. A única maneira é erguermo-nos para defender os valores da democracia. Há seis anos, quando o partido da extrema-direita entrou para o governo na Noruega, as pessoas disseram “ok, se calhar é o melhor, ponham-nos lá para ver se conseguem governar um país”. O problema é que ainda estão a governar o país.
A verdade é que argumentar contra estes políticos populistas não tem resultado. Aliás, antes pelo contrário, parece que ganham mais força.
Uma das coisas que os partidos trabalhistas e os movimentos socialistas deviam perceber é que já não representam os operários, porque os partidos de extrema-direita conseguiram roubar tanto voto que dizem que são eles os partidos trabalhistas. E vemos os partidos socialistas e trabalhistas a lutarem para encontrar a sua plataforma, porque já não têm essa plataforma estável que antes tinham, e tentam mover-se como partidos populistas. Em resultado disso, os partidos que formam a base da nossa democracia estão a perder as suas posições e os eleitores ficam confusos. Temos de ajudar os partidos trabalhistas e os partidos de governo a manterem-se unidos pelos nossos valores.
Voltando ao filme. Trabalhou muito de perto com os atores. Ensaiou muito?
Para conseguir fazer tudo numa única toma tivemos de trabalhar como no teatro. Ensaiámos durante cerca de três meses. Era a única maneira de o fazer, primeiro, sequência a sequência, e depois juntando tudo. Medimos a ilha e estabelecemos um terreno para ensaiar nos estúdios, nos arredores de Oslo, e começámos a correr de um lado para o outro para estabelecer os movimentos de câmara antes de irmos para a ilha, guardando os cinco dias do fim para filmar numa única toma, com uma toma por dia.
O que disse aos atores para construírem as personagens?
Falei-lhes da responsabilidade que tínhamos ao contar esta história, a história mais marcante para nós desde a ii Guerra Mundial. E o respeito de o fazer da forma mais honesta possível. Não interpretar esses sentimentos, mas permitir que esses sentimentos estivessem no corpo e na mente, e aí permanecessem. Não queria que atuassem e se sentissem ter perdido o sentimento, então que não mostrassem nada até recuperá-lo. Não podiam improvisar, tinham de seguir o guião ao pormenor. De alguma forma foi uma lavagem ao cérebro, mas tinha de ser assim e, no fim, era só uma questão de encontrar o nível certo. Por exemplo, durante os ensaios não usei o som dos disparos. Todos sabiam que iam aparecer, mas só o ouviram no primeiro dia de filmagens, para que sentissem o som a atingir-lhes o corpo, para que não agissem, mas reagissem naturalmente, porque o som é terrível e não soa nada como nos filmes. Queria que os detalhes fossem iguais ao que realmente aconteceu, os 508 disparos são os 508 disparos que se ouvem no filme. As mesmas munições, as mesmas armas. E isso ajudou–os a serem fiéis. Para os ajudar como grupo tinha equipas de psicólogos presentes, tinha uma equipa de emergência psiquiátrica.
Tinha uma equipa grande, então?
Sim, mas não se viam na ilha, porque estávamos todos num barco-casa com um ecrã enorme e havia uma série de transmissores em toda a ilha captando e enviando-nos o sinal da câmara.
Falou da experiência com os atores?
Ao final do dia juntávamo-nos e discutíamos durante uma hora, hora e meia. A seguir reuniam-se em grupos com os psicólogos. Eles precisavam de o fazer e, ao final da semana, a toma quatro fez–nos realmente sentir que tínhamos conseguido. Os sobreviventes sentados ao meu lado sentiram-no. Foi um alívio.
“A história das vítimas é aquela que não sabemos. Ou a história do que isso fez à nossa democracia. Ou a forma como afetou o Partido Trabalhista”
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Fotógrafo de conflitos durante alguns anos, Erik Poppe surpreendeu muita gente quando decidiu deixar o jornal “Aftenposten” e a Reuters para ir estudar cinema. É autor de uma tese de doutoramento sobre o subjetivo objetivo ou de como aumentar a emoção do espetador usando um ponto de vista subjetivo
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“Uma das coisas que os partidos trabalhistas e os movimentos socialistas deviam perceber
é que já não representam
os operários, porque os partidos
de extrema-direita conseguiram roubar tanto voto que dizem que são eles os partidos trabalhistas”, diz Erik Poppe
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“Sinto que é importante curar a ferida, aprender e recuperar o confronto e discutir os assuntos difíceis”