Depois de Mário Centeno anunciar a descida de três cêntimos no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), o líder do Automóvel Club de Portugal (ACP) não acredita nas contas do ministro.
“Estas contas que o ministro fez não vão reduzir o preço de três cêntimos na gasolina”, disse Carlos Barbosa à TSF. “Penso que o ministro das Finanças fez mal as contas”, diz justificando que “o aumento do ISP foi feito no valor de seis cêntimos para haver uma neutralidade face ao valor do combustível”.
Ou seja, em 2016 o governo tinha assumido o compromisso de rever trimestralmente os preços dos combustível depois de ter agravado o imposto quer na gasolina quer no gasóleo rodoviário em seis cêntimos por litros, para que os consumidores não fossem penalizados caso o petróleo registasse subidas.
“Há aqui uma coisa que ele se esqueceu de dizer aos portugueses é que efetivamente esta redução do isp deveria ser a certo para haver a tal neutralidade”, disse ainda Carlos Barbosa, acrescentando que “os portugueses pagaram o combustível sempre mais caro devido ao ISP”
"Temos prevista uma redução do ISP da gasolina, é uma redução que se faz por portaria e, por isso, não está no articulado do Orçamento do Estado. É uma redução que recoloca o ISP na gasolina nos níveis anteriores ao aumento", disse esta segunda-feira Mário Centeno durante a votação na generalidade do Orçamento do Estado.