Sporting-Arsenal. São Renan aguentou até onde foi possível

Sporting-Arsenal. São Renan aguentou até onde foi possível


O guarda-redes brasileiro manteve a confiança de José Peseiro para a titularidade e mostrou porquê: foi ele o responsável pela baliza leonina ficar inviolada até aos 77 minutos. O 0-1 final acaba por ser lisonjeiro para os verde-e-brancos


Jogo grande em Alvalade, com atmosfera de Champions e futebol… ali a meio caminho entre a prova milionária e a Liga Europa, a irmã mais nova – e menos apetecível. O Sporting apareceu, no papel, com uma postura mais conservadora, com três médios centro de características predominantemente defensivas (Petrovic, Battaglia e Gudelj) e Bruno Fernandes e Nani no apoio a Montero. Era expectável, dado o poderio ofensivo do adversário – basta dizer que o Arsenal somava dez vitórias consecutivas antes deste encontro, o seu melhor registo desde 2007, com 30 golos marcados e nove sofridos nessa sequência.

As primeiras impressões confirmaram esse registo, com os gunners a ter mais bola mas sem criar propriamente ocasiões de perigo. Até aos 22 minutos, quando Mkhitaryan, de livre direto após falta de Coates muito perto da linha limite da grande área, permitiu a Renan a primeira de várias boas intervenções da tarde.

Os leões, todavia, não se limitaram a defender. O trio da frente tentou em diversas ocasiões assustar a defesa do Arsenal e, aos 33’, fica a ideia de Montero ter sido derrubado por Sokratis quando se isolava para a baliza à guarda de Leno. Pediu-se vermelho em Alvalade, mas o árbitro nem sequer marcou falta. Logo a seguir, mais reclamações verde-e-brancas: Nani queixou-se com veemência de um empurrão de Lichtsteiner na área do Arsenal. Mais uma vez, o juiz da partida mandou jogar.

 

Sem ir à baliza é mais difícil Veio o intervalo, e com ele a primeira alteração no Sporting – forçada, no caso: Ristovski, com problemas físicos, deu o lugar a Bruno Gaspar. Os leões deram mostras de querer subir no terreno e discutir realmente o jogo, com Montero a cabecear ao lado logo após o reatamento, mas seguiram-se três grandes oportunidades no espaço de seis minutos, todas para o Arsenal, com Renan a ganhar aos pontos num duelo pessoal com Aubameyang.

José Peseiro percebia que era preciso recuar um pouco, sob pena de sofrer, mas a verdade é que na segunda parte praticamente só deu Arsenal. Os gunners – sem Ozil e Lacazette – queriam realmente vencer e praticamente selar as contas do apuramento e foram fazendo por isso: o golo surgiu aos 67’, com Welbeck de cabeça a bater Renan, mas seria anulado por falta sobre Bruno Gaspar.

Não iria demorar muito, porém. Dez minutos depois, Coates falhou o corte e acabou por isolar Welbeck, que desta feita não perdoou na cara de Renan. Jovane, entretanto lançado, tentou ser feliz, com Diaby também a entrar, mas não havia volta a dar: o Sporting acabou com 15 remates efetuados… mas zero enquadrados com a baliza do Arsenal, sendo Renan o melhor em campo. Assim, ficava difícil conseguir um desfecho mais risonho. “Fizemos tantos remates como o adversário. Só não fomos tão eficazes”, disse José Peseiro no fim.

O Arsenal lidera agora o grupo de forma isolada, com três vitórias em três jogos, seguindo-se o Sporting. Em terceiro, a três pontos dos leões, está agora o Vorskla Poltava: o conjunto ucraniano foi vencer ao terreno do Qarabag (0-1) e mostra assim ser a maior ameaça ao Sporting no que ao apuramento diz respeito. Em teoria, conseguirá vencer a equipa do Azerbaijão (ainda sem qualquer ponto) em casa na próxima jornada, subindo assim aos seis pontos, enquanto os leões terão de superar a hercúlea tarefa de não perder em Londres frente aos gunners. Adivinham-se, por isso, três rondas finais bastante emotivas no grupo E.