A Polícia Judiciária afirmou, em conferência de imprensa, que o homicídio de Luís Grilo foi premeditado e terá como motivo “questões financeiras e emocionais”.
“Neste momento podemos dizer que há fortes indícios nesse sentido”, disse Paulo Rebelo, porta-voz da PJ, quando questionado se a morte do triatleta foi premeditada. As autoridades afirmam que o crime terá sido cometido por por Rosa Grilo, mulher da vítima, em coautoria e um outro arguido, ambos detidos esta quarta-feira.
Em relação ao local do crime, as autoridades consideram, tendo em conta os elementos recolhidos, “que o local mais provável do homicídio terá sido a casa do casal", num dia em que o filho estava em casa da avó. Até porque, não há “vestígios de que tenha havido o tal treino” de que a Rosa Grilo tinha falado às autoridades.
{relacionados}
A arma do crime, uma pistola de 75 mm, está registada em nome do arguido que, segundo a PJ, era oficial da justiça. No entanto, sobre a possibilidade dos dois detidos terem uma relação extra conjugal, a PJ não confirmou. “É uma relação próxima” que “existe há vários anos”, reforçam.
“Tentámos não nos precipitar” nas conclusões, garantiu a PJ depois de “um processo de mais de dois meses de recolha dos indícios”, reforçando que queriam “avançar com a certeza absoluta” de que iam pelo “caminho certo”.
Rosa Grilo está detida no estabelecimento prisional de Tires, enquanto o outro detido está no estabelecimento anexo à Polícia Judiciária. Ambos "serão apresentados amanhã no tribunal de Vila Franca de Xira”, acrescenta a PJ.
A PJ acredita que tanto a localização do corpo como o facto de ter sido encontrado sem roupa, tinham o objetivo de despistar a polícia, Já as marcas de violência podem ser justificadas com causas naturais da exposição do cadáver.
As autoridades não sabem ainda quanto tempo esteve Luís Grilo no local onde foi encontrado, mas acreditam que o triatleta foi morto antes de Rosa Grilo ter informado a polícia do desaparecimento.