Sindicatos dos pilotos pedem demissão do presidente da Ryanair

Sindicatos dos pilotos pedem demissão do presidente da Ryanair


“A relação entre a gestão da Ryanair e os seus funcionários tornou-se totalmente disfuncional, estando agora a colocar em risco o sucesso contínuo da empresa”, afirmam os sindicatos


Os pilotos da Ryanair avançaram com um pedido de demissão do presidente da companhia aérea low cost. No comunicado enviado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) – e emitido também por outras 12 estruturas sindicais a nível europeu – os trabalhadores pedem que Michael O’Leary seja afastado da presidência executiva da companhia.

“A relação entre a gestão da Ryanair e os seus funcionários tornou-se totalmente disfuncional, estando agora a colocar em risco o sucesso contínuo da empresa”, pode ler-se no documento. Os pilotos acrescentam que “independentemente das reivindicações de reconhecimento sindical e de melhorias do relacionamento com os funcionários, a abordagem feita sob a liderança de Michael O’Leary ao longo de mais de 20 anos permanece inalterada”.

Os trabalhadores pretendem que os acionistas da Ryanair façam a proposta para a demissão de O’Leary durante a assembleia geral que está marcada para esta quinta-feira.

“A relação entre a gestão da Ryanair e os seus funcionários tornou-se totalmente disfuncional”, reforçam os pilotos. A companhia aérea “precisa de líderes competentes que estejam focados num futuro claro e diferente”, defendem os trabalhadores que se queixam também de “uma aparente falta de supervisão da administração, do presidente e de administradores não executivos” que agrava as falhas das empresas.

Com uma nova greve marcada para dia 28 de setembro, os sindicatos já não acreditam “que os atuais gestores da empresa reúnam a confiança dos seus trabalhadores ou as competências necessárias para realizar as alterações que se impõe” à empresa.

Este ano “poderá ficar na história como o início de uma nova e sustentável Ryanair ou poderá ser o ano que, por algumas más razões, causará danos irreversíveis a uma operação já fragilizada”, reforçam.