O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou ontem a ameaçar a China com novas tarifas sobre os seus produtos comerciais. “Se os países não fizeram acordo justos connosco, vão ser ‘tarifados!’”, escreveu o chefe de Estado na rede social Twitter. “As tarifas colocaram os Estados Unidos numa posição de negociação muito forte, com mil milhões de dólares e empregos a serem direcionados para o nosso país”, acrescentou.
No sábado, o “Washington Post” avançou que o presidente Trump tinha decidido implementar, nos próximos dias, novas tarifas na ordem dos 200 mil milhões de dólares contra a China. Entre os mil produtos chineses abrangidos pelas tarifas encontram-se frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, mobílias, televisões e brinquedos.
Trump espera, com estas novas tarifas, obrigar Pequim a sentar-se à mesa das negociações para se comprometer a acabar com as práticas comerciais por si consideradas “injustas”. Opinião ontem corroborada pelo conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow. “Estamos preparados para negociar com a China a qualquer momento em que estejam prontos para sérios e substantivas negociações em prol de comércio livre sem tarifas, a abrir os mercados e a permitirem a mais competitiva economia mundial, a nossa, a exportar mais e mais bens e serviços para a China”.
No entanto, e segundo a imprensa chinesa, os líderes chineses não se irão sentar à mesa das negociações nem que “tenham uma arma apontada à cabeça” se Washington avançar com uma nova ronda de tarifas. A China tem alertado que a escalada da guerra comercial não é do interesse de nenhum dos países.
A agência Reuters já tinha avançado que o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, iria participar numa nova ronda de negociações com representantes chineses a partir de 20 de setembro.