Serviço Militar Obrigatório. Juventude Socialista contesta ministro da Defesa

Serviço Militar Obrigatório. Juventude Socialista contesta ministro da Defesa


Ivan Gonçalves, líder da JS e deputado, diz que” não existe nenhuma razão para voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”


A Juventude Socialista não gostou de ouvir o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, admitir o regresso do Serviço Militar Obrigatório (SMO).

Azeredo Lopes admitiu que “é uma questão que poderá vir a colocar-se”, mas o secretário-geral da JS e deputado socialista Ivan Gonçalves defende que “não existe nenhuma razão para voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”.

Para o secretário-geral da JS, regressar “a um modelo de SMO seria um verdadeiro retrocesso civilizacional” e não seria uma solução para “os eventuais problemas de falta de efetivos nas Forças Armadas”.

A Juventude Socialista lembra, em comunicado, que o regresso do SMO não consta do programa eleitoral do PS e o ministro da Defesa devia “abster-se” de introduzir esta questão no espaço público. “José Azeredo Lopes, ministro da Defesa, revelou não excluir a possibilidade de se estudar o regresso ao serviço militar obrigatório de modo a colmatar a falta de efetivos nas Forças Armadas. Esta é uma posição que a Juventude Socialista contesta defendendo que, em Portugal, não existe nenhuma razão para voltar a obrigar os jovens a cumprirem o serviço militar”.

Azeredo Lopes admitiu, numa recente visita às tropas na Lituânia, a necessidade de discutir o regresso do SMO na próxima legislatura.

Uma ideia que tem apoiantes dentro do PS. José Miguel Medeiros, coordenador do PS na Comissão de Defesa Nacional, defendeu, a título pessoal, em declarações ao i, há um ano, que “está na altura de o assunto ser ponderado seriamente” e que “há muitas razões que justificam que se comece a trabalhar no assunto”.