Regressaram à Madeira cerca 4.500 emigrantes na Venezuela desde 2016, ano em que se agravou a instabilidade socioeconómica e política no país.
“Estamos conscientes que o fluxo pode continuar com este ritmo e, acima de tudo, enquanto não se vislumbrarem melhorias do ponto de vista económico e social no país de origem", disse Jorge Carvalho, secretário regional da Educação e tutor do Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações, em declarações à Agência Lusa.
Neste momento, de acordo com o Governo Regional da Madeira, estão inscritos 2.300 emigrantes, regressados da Venezuela, no Serviço Regional de Saúde e 2.00 no Instituto de Emprego. Nas escolas, cerca de 670 crianças e jovens estão inscritos.
Além disso, existem 180 agregados familiares inscritos no Instituto de Habitação e 574 beneficiam de apoio sociais.
O Governo Regional vai contar ainda com 1,5 milhões de euros do Governo da República para apoio social e despesas de saúde. Contudo a verba ainda não foi disponibilizada, de acordo com a Lusa.
"Ainda estamos a apurar os mecanismos de validação das despesas e de transferência [das verbas] para a região", explicou Jorge Carvalho, acrescentando ainda que a região autónoma tem assumido todas as despesas.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 madeirenses, cerca de três gerações.