“Julgo que o desafio da mudança cultural é o desafio mais complexo” para combater a violência doméstica e a violência de género, admitiu esta segunda-feira Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna (MAI).
O governante disse ainda que é necessário olhar para o problema “do ponto de vista global” para que o apoio às vítimas não seja feito tarde demais.
"Se a transformação em crime público foi decisiva, se a colocação desta área como acção prioritária das forças de segurança, a formação de agentes, guardas e oficiais passou a integrar a resposta às questões da violência doméstica, julgo que o desafio da mudança cultural é o desafio mais complexo", afirmou o ministro.
Cabrita disse que é essencial analisar os casos de violência doméstica, assegurando que o combate a este problema é uma prioridade da tutela. "Este ganho na formação é o que nos permite hoje ter espaços dedicados em mais de dois terços das instalações policiais um pouco por todo o país e ter programas específicos em zonas em que se verificam taxas de incidência de violência doméstica superiores ao que é a media nacional", frisou.
Esta segunda-feira foi assinado um acordo entre a Comissão para a Cidadania e a Igualda de Género, a Procuradoria-geral da República, a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna e a Direção-geral da Administração da Justiça, GNR e a PSP. Este acordo vai permitir aos oficiais de justiça recebere formação sobre a violência doméstica e de género.
