Roberta Medina. “A indústria do entretenimento não é proporcional ao mercado”

Roberta Medina. “A indústria do entretenimento não é proporcional ao mercado”


A pouco mais de uma semana do início, a promotora do maior festival garante que o Rock In Rio tem os pés assentes em Lisboa


Há um antes e um depois do Rock In Rio nos festivais portugueses?

Pergunta-me a mim? (risos) Claramente há. Essa pergunta seria mais interessante para quem estava no mercado antes, mas o prémio que acabámos de vencer, o Excelence Award (atribuído pelos Iberian Festival Awards), reconhece-o. O Rock In Rio veio trazer um olhar diferenciado. Trabalhamos para todos os públicos, não só de estilos e gostos, mas de idade. E o que permite termos um público variado é a qualidade da infraestrutura. Os mais novos – crianças e adolescentes – ainda não podem ir sozinhos, tal como os mais velhos não estão dispostos a apanhar pó. A infraestrutura é que torna possível à mecânica de um festival tradicional chamar todos os tipos de público. E há uma grande variedade de atrações musicais e não musicais desde que foi criado. A proposta do Rock In Rio em 1985 já era unir pessoas diferentes – havia a convicção de que se fosse só o rock, a pop ou o alternativo, seria restritivo na demonstração da música enquanto linguagem universal. A lógica começa na música, mas o projeto ganha forma a partir daí. Isso mostra uma ideia diferente, mais ampla, e atrai as marcas de grande consumo a usarem essa plataforma de comunicação e relacionamento com os clientes. As marcas é que viabilizaram a existência do Rock In Rio em 1985. Porquê? Porque a mecânica de vender ingressos ao público com uma infraestrutura desta qualidade não fecha [as contas]. É a cenografia, a qualidade do som, da luz… Quando algumas marcas em Portugal começam a aderir – e não é que não existissem, o Super Bock Super Rock é um exemplo – e veem que temos um produto de qualidade, as outras marcas que não estavam connosco disseram: “Eh pá!” Foi muito bom porque acabaram por ser agentes da mudança. E estimularam os festivais já existentes a evoluir muito. O valor na área dos patrocínios à música é muito maior do que era antes. E o que o Rock In Rio também trouxe foi o olhar além da música. A música pode ser o que nos conecta, mas pode haver muito mais. A nossa proposta é entreter, estarmos juntos e divertirmo–nos. Quando olhamos para o Sudoeste, os miúdos querem ir curtir. E têm boa música. Foi uma nova forma de fazer.

Como é que observa a animosidade de outros promotores?

Sentimo-la quando chegámos, o que é natural, porque quando aterra um ovni há uma reação. Os promotores ficaram preocupados porque pensaram que iam ser engolidos, e o que se comprovou foi o contrário. O mercado cresceu. É nisso que acreditamos. Portugal é um caso de estudo em diversas áreas. Quanto mais festivais fortes, mais público há, e até vindo de fora. Há os festivais, as startups de inovação e, de repente, Lisboa passa a ser “o melhor lugar do mundo”. As coisas vão-se somando. Há muitos festivais? Sim, e espero que sobrevivam muito bem porque é um sinal espetacular! Quando entrámos em Portugal, o país estava em crise e foi doloroso. Quando Espanha entrou em crise, uma série de festivais desapareceram e o próprio Rock In Rio acabou por sair. A dimensão do mercado era pequena e não fazia sentido continuar. Não era viável financeiramente. Aqui aconteceu o oposto. O país entrou em crise e o número de festivais não parou de crescer. Não só os festivais, mas tudo o que tenha a ver com entretenimento, cultura ou desporto tem uma função social absolutamente essencial. É nesses momentos que conectamos com o outro, em que desarmamos o medo e nos sentimos inteiros. São bens essenciais para uma necessidade. 

Como se adaptou o Rock In Rio a um mercado que ajudou a mudar?

Estamos sempre atentos. Se há cultura que o Roberto implementou [Medina, fundador do Rock In Rio e pai de Roberta] foi a de evoluir sempre. Quando o Rock In Rio termina, a primeira reunião é para aferir o que podemos fazer melhor, mesmo no que correu bem. A nossa responsabilidade é estar atualizado e entregar uma experiência melhor. Quando fizemos 30 anos, pensámos: “Como é que podem ser os próximos?” Concluímos que estamos no bom caminho e vamos acelerar ainda mais no parque temático da música, trazendo cada vez mais novas propostas. Por exemplo, a gastronomia ganhou um espaço de maior relevância. Por isso, em vez de agarrarmos a música e deixarmos o consumidor que se interessa por gastronomia procurar outro lugar, trouxemos a gastronomia para a Cidade do Rock. E da melhor forma possível, com os chefes. Experimentámos em 2016 e correu bem. A gastronomia transformou-se num espaço próprio, sofisticado e completamente inspirado no Mercado da Ribeira, com comida diferente do hambúrguer e do cachorro habituais dos festivais, em que as pessoas podem comer sentadas. Este ano decidimos ser os criadores, fomos ao Mercado e convidámo-los para fazer o primeiro Time Out Market pop-up no Rock In Rio. Já temos quatro chefes com estrelas Michelin, o Sea Me, a Manteigaria… referências de cozinha de qualidade num espaço que vai ser controlado, em que as pessoas podem comer sentadas ou usar o take-away. Esta fórmula já foi testada no Brasil com duas arenas. Foi um sucesso absoluto. Vamos trazer o entretenimento digital para o festival. A indústria do gaming, por exemplo, é maior que a da música e que a do cinema desde 2013. É gigante, só que a comunicação é lixada. Sempre que vou a algum sítio e pergunto quem está na indústria, ninguém levanta o braço, só três pinguins. (risos) Mas quando pergunto quem tem jogos instalados, é logo: “Eh pá!” Em geral, os eventos são para os fanáticos e o público generalista não se identifica, mas não será possível fazer de forma diferente? Testámos no Brasil e foi o máximo. Das 700 mil pessoas que foram, 350 mil passaram por lá. É inacreditável. Para a nossa geração – e eu tenho 40 -, jogar isola, quando estamos a falar de comunidades em todo o mundo. Não é necessário o isolamento. Queremos que o gaming seja transversal, que a mãe curta e pai curta. Então vamos ter uma arena como no Brasil. E a indústria do entretenimento online é um facto. E não só entre os jovens. É um fenómeno. Há o cinema, as séries e os youtubers. O que fizemos foi trazê–los para o Rock In Rio.

Desde a chegada do Rock In Rio a Portugal é referido um estudo de mercado sobre os nomes mais desejados pelo público. E hoje há o streaming, ele mesmo um estudo de mercado. Porque é que o hip hop, sendo a música mais ouvida no planeta, está pouco representado no cartaz?

O streaming é um dos instrumentos de estudo. Disse bem, está pouco representado. Há muitos anos que se fala no Eminem. Talvez agora fosse mais viável. No passado avaliámos a possibilidade do Eminem, mas não era muito seguro que num evento como o Rock In Rio resultasse. Num festival de arena como o Super Bock Super Rock, com capacidade para 20 mil pessoas, funciona. Quando o Bruno Mars veio a Portugal, esgotou uma arena. Isso é uma coisa, um festival é outra. Não digo que não esgotasse, mas… por exemplo, durante muito tempo não houve funk [brasileiro] no Rock In Rio. O funk entrou no Sunset e em encontros de forma subtil. Continuamos a defender que o funk é “baixaria” e que apela a valores em que não acreditamos. Não temos nada contra, mas há determinadas “conversas” que não queremos. Aconteceu o mesmo com o gaming. Um dia, estava a passar na arena para uma apresentação e vejo um jogo em que o take era invadir o quarto de uma criança, dão porrada no pai, sangue, e o jogo era o pai a correr atrás dos sequestradores. Vão desculpar-me, mas não. No Rock In Rio, não. Estamos a construir um mundo melhor, acreditamos que se o ser humano se comportar pelo melhor, temos que responder com o melhor, com infraestruturas de qualidade, respeito e valorizar o que é positivo. Não somos donos do mundo nem da verdade, mas conversa pesada, não obrigado. E mesmo no funk, a canção da Ludmilla que agora também se ouve cá não era com estas palavras. E estava a passar nas rádios mainstream. Não queria acreditar! O mesmo com o Maluma. O refrão precisa de ser “caralho”?! Eu adoro dizer palavrões (risos), mas é mesmo preciso? As crianças ouvem funk no Brasil e há um refrão que é “o meu pau te ama”. Desculpa?! Não quero que a minha filha ouça. Quando for adulta, é uma escolha dela. Depois até fizeram uma versão com “o meu pai te ama”. O hip hop, em algumas partes, tem uma cena agressiva. Reivindica. É maravilhoso, sou a favor. Acho é que há formas de o expressar. A Anitta (fenómeno do funk brasileiro) vai tocar as músicas dela. É supersensual, sexy, tem canções que falam baixaria, mas por acaso, no Rock In Rio, essa onda que agora está mais pop faz sentido. Não quer dizer que o show dela seja sempre esse, mas… Este ano há dois dias muito familiares. Temos de ser equilibrados. O hip hop é bem-vindo e não tenho nada contra. O Eminem é um nome que circula e pode acontecer. Até acho estranho como não veio antes [a Portugal]. Não acredito é em ondas. Os eventos têm de estar atentos, mas são coisas diferentes. Há uma onda de música alternativa gigante. Lembro-me de passar numa sala a caminho do Parque das Nações com uma fila gigante de garotada para ver uma banda que nunca ouvi falar. Nós somos mais mainstream, e não exclui ter um dia alternativo mas, de repente, tuuuuudooooo o que é cooooooollllllll é alternativo. Caraca, que estranho! Porque é que o Coachella tem a Beyoncé? Porque é que a Adele foi a Glastonbury? Qual é o dia que esgota antes? É o pop. Lembro–me de um depoimento dos Matchbox 20 em que eles diziam que tocar em Coachella era cool, mas no Rock In Rio é que as pessoas cantavam. Por mais que a imprensa mal-humorada fale – a imprensa é cool – que as pessoas vão para o Rock In Rio para se divertir e não só para ver concertos… há milhares de pessoas a fazer isso. E então? Onde é que está o melhor som? Qual é o sítio onde as pessoas cantam mais? É brutal. Quem quiser ir pela música vai pela música e quem quiser curtir vai curtir.

A mudança no calendário, de final de maio e início de junho para um mês depois, deve-se à competitividade entre festivais?

Não só festivais, mas também shows. E não é um fenómeno novo. O que acontece nos últimos 15 anos é que há mais países e mais mercados a contratar os mesmos artistas. Graças a Deus, houve uma renovação, mas houve ali uns anos em que, para eventos de massas, eram sempre os mesmos. Já evoluiu. O boom dos festivais tem a ver com a necessidade de as pessoas estarem juntas. Somos bichinhos, as máquinas não chegam [para nos relacionarmos]. Do lado dos artistas, a indústria mudou. A música não se vende, mas o show vende-se. Por isso, os artistas estão mais disponíveis para circularem. E há mais mercados a contratarem. Deixem a China entrar em jogo e esquece! [A mudança] não é uma disputa interna porque o nosso perfil é muito diferente. É muito raro lutarmos pelo mesmo artista com alguém. 

O NOS Alive tem-se aproximado do Rock In Rio em dimensão e perfil.

O NOS Alive não é nada pop. É um festival de rock, mas sim, sofisticou-se. E tem uma rock street… Mas está a trabalhar muito bem. Olhe para a rapidez com que a marca foi construída. E fez um trabalho [de promoção] internacional superválido. O Álvaro Covões tem muito mérito. De qualquer forma, o nosso trabalho não é feito a olhar para os outros. Sabemos o que temos de saber do mercado. Agora, o que mais motivou a mudança de datas foi o calor. Imagine que estava a chover. Não faz sentido. Só em Glastonbury é que as pessoas ficam felizes na lama. 

Pode chover. 

Pode, mas chover com calor é diferente de chover com frio. (risos) E há a questão da cerveja – um dos maiores veículos de faturação. Vende-se cerveja no frio? Não se vende! Tem a ver com o turismo também. Na edição anterior tivemos dificuldades em mudar uma banda grande de um hotel para outro. Maio é um mês forte de congressos e o mercado está a crescer como um todo. Acho que a mudança foi muito acertada. Tivemos o cuidado de não fazer o Rock In Rio na mesma data de outro evento. 

Este ano há menos um dia. Porquê?

Historicamente, há um dia mais fraco e entendemos que podíamos ter uma edição forte reduzindo, não o investimento, mas o número de dias. 

Referiu que logo após cada edição é feita uma reunião de balanço para avaliar o que é possível melhorar. 2014 e 2016 foram muito diferentes.

Pois foram, mas vamos discordar…

O saldo de 2014 foi muito positivo e o de 2016 não. 

Porque tem essa ideia?

Um cartaz mal recebido, noites com pouca afluência…

Isso foi uma noite…

E não só. Por uma série de nomes com a cara do Rock In Rio (AC/DC, Adele e Muse) que vieram a Portugal na mesma altura. 

Pronto, mas isso foi uma conjuntura a que o Rock In Rio é alheio. O que aconteceu foi ter-se criado uma onda negativa. Primeiro, sempre dissemos que não queríamos os Rolling Stones, os U2 e a Madonna. São bandas maiores que o festival. E em termos de operação é um inferno, porque têm produções próprias. Tínhamos os Rolling Stones disponíveis em 2014. Só podia ser connosco e foi o máximo. A partir daí, ficámos sempre em dívida. Não havia forma de a edição seguinte não ser uma deceção. O que é que acontece em paralelo? AC/DC, Adele e Muse, que não faziam festivais. Estavam em digressão de arena. Foi ao concerto da Adele? Como é que se podia reproduzir a chuva na Bela Vista? Por acaso choveu nos Maroon 5. (risos) Ou se negociava com o São Pedro ou ia ser caríssimo. 

Mas é aí que entra a infraestrutura do Rock In Rio. 

Pois, mas é por isso que se criou a expetativa dos Rolling Stones. Porque é que outros artistas virem a Portugal na mesma época mas não ao Rock In Rio é revoltante? Porque as pessoas se habituaram. Isso é lindo. Se a Adele vem, as pessoas querem vê-la no Rock In Rio! O preço deve ser mais ou menos o mesmo e no Rock In Rio há uma série de concertos e brincadeiras. É uma puta de festa! E é um problema para nós. E depois a Adele foi lá ver. (risos) 

Não foram só os Rolling Stones, foi também o Justin Timberlake. 

2014 era um cartaz de luxo, mas não depende só de nós. Se investimos menos? Não. Se lucrámos mais? Não. Isso é a conjuntura. Depende de quem está disponível de ano para ano. Em 2016 já entrámos a dever por causa dos Rolling Stones. E depois fizemos uma aposta que não foi bem-sucedida, que foram os Hollywood Vampires (supergrupo encabeçado por Alice Cooper, Joe Perry e Johnny Depp). Assumo que acreditava que ia funcionar. No Brasil não eram cabeças-de-cartaz mas foi um fenómeno. Aqui foi enxovalhado. E os Queen (com Adam Lambert), como tinham um histórico de um concerto anterior com outro cantor (Paul Rodgers) que não tinha corrido bem, as pessoas não acreditaram. Foi dos melhores concertos da história do Rock In Rio! Havia questões, mas o público final não foi inferior. A diferença foi de 350 mil para 330 mil. Já houve edições com menos pessoas e ninguém achou que era o fim da picada. 

O Rock In Rio vive muito da imagem, além da venda de bilhetes.

Claro, e foi um stresse! Tivemos que lidar com crise de comunicação. Depois da confusão toda, de gerir expetativas, o cancelamento da Ariana Grande foi… sabe como é que soubemos?

Pelas redes sociais?

Chegam as meninas e avisam-me: “Oh, Roberta, a Ariana Grande está a dizer no Facebook que está doente.” “Ah, não é possível.” Ligamos para o agente. “Não, não é possível.” Às 23h00, a agente não sabia. E o concerto era domingo. Quarenta minutos depois, confirma. “Cancelou.” Já tinha começado o último concerto no Palco Mundo e não era possível anunciar em lado nenhum. A parte engraçada é que quando a notícia foi confirmada, tive uma crise de riso. Começo a convocar a equipa para nos encontrarmos. Cerveja na mesa. Quando dei a notícia, toda a gente começa a rir à gargalhada. Ninguém acreditava. “Não, é verdade.” Foi necessário montar uma operação gigantesca, com placas a avisar que o concerto não ia acontecer. Pior só a Lady Gaga (quando cancelou o Rock In Rio Brasil no ano passado). Foi um ano… Em compensação, este está a ser completamente diferente. Obviamente, aprendemos a reagir mais depressa. Não acreditámos que aquela onda negativa fosse possível. De dentro, olhávamos para o cartaz e, fora os Hollywood Vampires, estava tudo dentro da linha do Rock In Rio. Não ficávamos a dever nada. Achámos que ia passar, mas não passou. Claro que depois, durante o evento, foi diferente. Noites cheias, toda a gente feliz e retorno gigantesco para as marcas. 

Também acontece o inverso. Bandas que as pessoas não querem ver no Rock In Rio, como os Arcade Fire.

Ah, mas isso é só o povo cool. Mas depois foram todos [ver os Arcade Fire]. (risos) Foi tão engraçado ver a imprensa a defender o Rock In Rio. E sabe o que acho mais piada? É que só há uma forma de reclamar: é não comprar bilhete. Não querem ir, não vão. Esperem que voltem no próximo ano. Felizmente, o mercado está poderoso. Há promotores a investir muito e as bandas passam todas por Portugal. É um público pequeno e só é possível porque há uns malucos a investir. A discussão de quem é o cabeça-de-cartaz é extremamente pobre para uma indústria tão importante. Porque é que ninguém discute o número que saiu no outro dia: em 18 milhões de bilhetes, só quatro milhões foram comprados. Quem está a pagar a fatura? Há uma desvalorização gigante dos promotores. A indústria do entretenimento não é proporcional ao mercado.

A edição 2016 deixou o Rock In Rio mais fraco?

Não, deixou-nos mais fortes (sorri), porque pela primeira vez tivemos de gerir uma situação de crise de comunicação. Tirou-nos da zona de conforto. Foi ótimo e obrigou-nos a trabalhar estrategicamente para não estarmos sujeitos a uma conjuntura. O Brasil está mais forte que nunca. Portugal é um país em que acreditamos e onde queremos ficar. Há contactos de outros mercados. Estamos num processo de mudança de acionistas. Há tanta coisa boa. 

Mas vai ficar em Portugal?

Vai, claro. Tinha de acontecer alguma coisa muito errada [para não ficar]. Aliás, este ano nunca esgotámos um dia com tanta antecedência. Estamos muito fortes e a onda é muito positiva. Não é à toa e não foi o Bruno Mars a resolver todos os nossos problemas. A estratégia de comunicação é extremamente agressiva. Começou no Brasil. Apropriámo-nos como nunca. As expetativas estão muito altas, e as marcas muito satisfeitas. Estamos com o bichinho de 2004.

E os EUA?

Está nas nossas metas. É um investimento muito grande entrar naquele mercado. Foi um êxito, mas precisamos de um cheque para continuar. E como estamos numa troca de acionistas, não tínhamos possibilidades. Brasil e Portugal estão seguros, os EUA são um objetivo e há contactos para a Alemanha. 

 

 

O i agradece ao Rio Maravilha por ter disponibilizado as instalações para a sessão fotográfica e entrevista.