Diamantino é o filme de abertura do 26.º Curtas Vila do Conde

Diamantino é o filme de abertura do 26.º Curtas Vila do Conde


Filme de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt foi em maio distinguido com o grande prémio da Semana da Crítica de Cannes. Secção conta ainda com a estreia nacional do último filme do realizador francês Yann Gonzalez.


O filme que em maio deu a Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt o grande prémio da Semana da Crítica de Cannes será o filme de abertura da edição deste ano do Curtas Vila do Conde, que decorre de 14 a 22 de julho.

Integrado na secção Da Curta à Longa, “Diamantino”, estreia na longa-metragem do realizador que no ano passado venceu no festival de Vila do Conde o prémio de melhor realização com “Os Humores Artificiais”, conta a história de Diamantino, derradeira estrela de futebol num país governado por um partido neofascista, para explorar temas como a crise dos refugiados, a ascensão da extrema-direita e a crise da União Europeia às questões de género, numa fusão de géneros – algures entre a comédia romântica, o conto de fadas, o policial e a ficção científica.

Protagonizado por Carloto Cotta e com as irmãs Anabela e Margarida Moreira, Filipe Vargas, Joana Barrios, Carla Maciel e Manuela Moura Guedes entre o elenco, “Diamantino” é a terceira colaboração entre Gabriel Abrantes e o realizador norte-americano, depois das curtas “A History of Mutual Respect” (2010) e “Palácios de Pena” (2011).

Na mesma secção, anunciou o festival nesta segunda-feira, será também apresentado o mais recente filme de Yann Gonzalez, “Un couteau dans le coeur”. Segunda longa-metragem do realizador francês premiado na última edição de Vila do Conde com a curta-metragem “Les Îles”. Estreado também no mês passado em Cannes, “Un couteau dans le coeur” tem como pano de fundo a indústria pornográfica de Paris do final da década de 1970, com Vanessa Paradis como Anne, uma produtora de filmes porno de série B.

A marca do realizador francês nesta edição do mais importante festival de curta-metragem português estende-se a uma sessão de meia-noite programada e apresentada pelo próprio que reunirá títulos como “Depressive Cop” (2016), de Bertrand Mandico, “Tout ce dont je me souviens” (1969), de Christian Boltanski, “The Cat Lady” (1969), de Tom Chomont, “Dellamorte Dellamorte Dellamore” (2000), de David Matarasso, ou “Jungle Island” (1967), de Jack Smith.