De acordo com um artigo publicado no site do Instituto Smithsonian, durante a gravidez, algumas células do feto atravessam a placenta e instalam-se no corpo da mulher, onde podem acabar por fazer parte dos tecidos dos organismo.
O estudo, realizado por investigadores da Universidade Estatal do Arizona, mostra que esta invasão celular faz com que a mulher tenha em si um material genético único que chegou a pertencer ao organismo do seu filho. Este cria aquilo que os biólogos chamam uma microquimera.
O caso torna-se mais fascinante quando a mulher engravida várias vezes. Os investigadores acreditam que as células que se depositaram nos organismo da mãe durante a primeira gravidez podem ser transferidas para o novo feto – ou seja, pode ser formada uma microquimera mais complexa, em que o irmão mais nove recebe materigal genético mais velho.
Este fenómeno acontece em vários mamíferos e tem sido estudado por vários especialistas. Os autores deste estudo acreditam que a transferência destas células – que são, segundo várias investigações, células fecais – pode influenciar vários aspetos do organismo da mulher grávida: a produção de leite materno, o funcionamento da tiróide (influenciando o metabolismo e a transferência de calor para o bebé) e de cérebro (influenciando o trabalho das redes neurais biológicas e o apego maternal ao bebé).
Os investigadores defendem que esta manipulação pode durar décadas, influenciando o comportamento da mãe perante o filho aos longo do seu crescimento.
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