Reino Unido. May vai anunciar novas mexidas no governo britânico

Reino Unido. May vai anunciar novas mexidas no governo britânico


Remodelação esperada desde o afastamento de Damian Green deve ser anunciada hoje


O governo britânico vai ser alvo de uma nova remodelação, depois das mudanças do passado mês de novembro. A redistribuição de algumas pastas foi ontem confirmada por Theresa May no programa de Andrew Marr, na BBC, e deverá ser oficializada esta segunda-feira.

A vaga deixada em aberto desde dezembro, após o abandono do ministro-adjunto Damian Green – forçado a pedir a demissão depois de um inquérito interno ter confirmado que havia mentido sobre os conteúdos pornográficos que a polícia encontrou no seu computador de trabalho em 2008 –, já fazia prever uma troca de cadeiras. Mas se, em novembro, as saídas de Michael Fallon (Defesa) e de Priti Patel (Internacionalização) foram compensadas por trocas diretas, com as entradas de Gavin Williamson e Penny Mordaunt, desta vez, o plano da primeira–ministra passa por uma remodelação mais profunda que lhe permita encarar as próximas etapas rumo ao Brexit de cara lavada.

A imprensa britânica prevê os afastamentos de Justine Greening (Educação) e Greg Clark (Comércio) no governo, e ainda as substituições de Andrea Leadsom, líder do grupo parlamentar, e de Patrick McLoughlin, presidente do Partido Conservador e chanceler do ducado de Lancaster. Na calha para alguns destes lugares estarão Anne Milton, Dominic Raab e Brandon Lewis.

Para além de ministro-adjunto, responsável pela coordenação dos vários ministérios e secretarias do governo, Green também ocupava o cargo de primeiro secretário de Estado – um posto honorífico no Reino Unido que se assemelha ao de vice-primeiro-ministro, caso esta função não tenha sido atribuída. Para o seu lugar, o “Guardian” aponta os nomes dos ministros Chris Grayling (Transportes) ou Jeremy Hunt (Saúde).

Boris Johnson (Negócios Estrangeiros), Philip Hammond (Finanças), David Davis (Brexit) e Amber Rudd (Interior), quatro pesos-pesados tory, deverão manter–se à frente dos respetivos ministérios.