Num vídeo com cerca de 22 minutos e com a tradicional encenação, o braço do Estado Islâmico na Península do Sinai, Egipto, declarou guerra ao Hamas com a decapitação de um homem que afirmaram ser um colaborador da organização palestiniana. No discurso proferido, os militantes do Estado Islâmico apelaram aos restantes para atacarem a organização palestiniana sem quartel.
Um eventual conflito militar entre o Estado Islâmico e o Hamas poderá desestabilizar toda a região da Península do Sinai, bem como o território palestiniano da Faixa de Gaza, que o Hamas tem controlado na última década.
"Num se rendam. Usem explosivos, pistolas com silenciadores e bombas pegasosas. Bombardeiam os seus tribunais e locais seguros, pois estes são os pilares da tirania que sustentam o seu trono", disse o possível líder da célula enquanto empunha uma faca. O vídeo foi divulgado ao "The Washington Post" pelo grupo de monitorização de atividades extremistas SITE Intelligence Group.
Os militantes também criticaram os ataques que o Hamas realizou no passado contra membros do Estado Islâmico em Gaza e o seu falhanço em impedir o reconhecimento de Jerusalém como capital israelita pelo governo dos Estados Unidos.
Pela situação geopolítica de Gaza, os militantes do Estado Islâmico não têm a necessária capacidade militar para avançarem com um ataque mais frontal, mas conseguem lançar mísseis contra Israel, sabendo que os líderes israelitas retaliarão contra os palestinianos.