Em suma, é estar sempre onde a procura é maior que a oferta, as possibilidades de sucesso se potenciam e os desafios se intensificam. Duvido que haja melhor missão para o maior grupo económico do surf. Maior pela cobertura da sua atividade e portefólio de marcas. Maior pela liderança na geração de empregos, com os seus quase 300 colaboradores em Portugal. Maior pela longevidade de operação. Enfim, maior por muitos e mais motivos que podem continuamente ser elencados.
A ideia de abrir este negócio exclusivamente dedicado ao surf remonta a 1987. Tem tanto de peregrino como de vencedor, algo que nos dias de hoje parece uma decisão evidente mas que, na altura, poucos tiveram a coragem e visão de tomar. Nos seus primeiros anos, o foco da operação dedicava-se em exclusivo à distribuição de marcas internacionais. No entanto, ainda nem dez anos estavam em cima da mesa para celebrar, já o próximo passo de crescimento se tornava realidade. Com isto, em 1996, a Despomar passa a assumir também um papel no retalho, assente numa marca exclusivamente portuguesa. Isto tudo foi acontecendo numa fase em que o surf não tinha uma expressão tão significativa no tecido socioeconómico nacional como hoje em dia mas, ainda assim, suficiente para dar corpo ao trajeto de criação de riqueza que estava a ser brilhantemente percorrido. Volvidos outros tantos e suficientes anos, designadamente em 2013, a Despomar expande novamente a expressão da sua operação passando a ser o centro regional de uma grande marca internacional, assumindo a distribuição e retalho para Portugal, como já fazia com as restantes marcas, mas emancipando-se agora enquanto exportador à escala europeia. Fazendo aqui uma analogia com um surfista, primeiro ia para a praia apanhar umas ondas com os amigos, depois passou também a procurar ondas em todos os cantos de Portugal por sua iniciativa própria e, mais tarde, foi viajar pelo mundo à procura das melhores ondas. Isto é o que todos os surfistas fazem. E a Despomar, conduzida por surfistas e para surfistas, também desenhou este caminho no plano económico com máxima mestria.
Integrante de diversos rankings de distinção das PME portuguesas ao longo dos anos, medalha de mérito municipal com grau de ouro atribuída pela Câmara Municipal de Mafra durante o corrente ano ou remetendo para o vasto currículo de troféus vencidos por surfistas “da casa”, a Despomar foi-se habituando a ser sempre distinta. A sua localização exclusiva, com vista para as ondas da Ericeira, a cultura empresarial e intrinsecamente surfista, e a solidez económica foram e permanecem eixos importantes de diferenciação. Mas mais do que isso, a responsabilidade para com a modalidade foi determinante nos tempos de formação e desenvolvimento do surf em Portugal.
Mas chegou um momento muito especial. O surf, enquanto atividade económico-desportiva, vai passar a ser um adulto. A remada para o pico continua e com a máxima força. Coloquemos o percurso da Despomar em perspetiva com um dos claims da Billabong, a maior marca representada pela Despomar: “Only a surfer knows the feeling.”
É isto mesmo! Chegou a marca dos 30 anos. O surf faz humildemente uma vénia, bate palmas e agradece. Parabéns, Despomar.