Demagogia! Eis a conduta mais lesiva e perniciosa da atualidade e o maior combate social que todos sem exceção e parança teremos de travar. E se, na generalidade, o combate deve ser incitado, na especificidade, com maior acutilância, deve ser convicto e impiedoso quando em causa esteja a governação. Chega de patacoadas como a da Catalunha! De resto, esta é uma embrulhada que, para o caso em apreço, é deveras personificada por Puigdemont e representa uma demagogia que, elevada que foi ao seu expoente máximo, passou a representar um verdadeiro perigo não só para a Catalunha como para Espanha e, por contágio, o resto da Europa. Ainda que disso não sejam grandes exemplos alguns políticos das últimas décadas, um governante tem obviamente de ser alguém que pugne sem reservas pelos direitos, liberdades e garantias do seu povo. Isso é líquido! Porém, o que muitas vezes já não representa uma igual liquidez é a distinção entre o que, na verdade, é uma liberdade e o que é apenas pura libertinagem. O que se tem vivido na Catalunha apenas pode caber na segunda dimensão apresentada, e sobre isso, quer alguns admitam ou não, é bom que não residam dúvidas pois, a havê-
-las, estaremos todos enquanto sociedade global a abrir um sinuoso caminho que a todos destruirá. Coração ao largo, nem Espanha é um território opressor de nada nem ninguém, nem a Catalunha e os catalães estão, face aos restantes espanhóis, numa posição de qualquer inferioridade ou abuso. Aquilo a que se tem assistido é unicamente, ao abrigo de argumentos económicos, um aproveitamento político que nada mais procura que estabelecer um conflito bacoco com as instituições espanholas e de onde apenas sairá prejudicada a própria Catalunha e os catalães. Dúvidas disto existissem, o próprio Puigdemont rapidamente as dissipou pois, fugindo para a Bélgica, não só revelou toda a sua cobardia bem como o real e verdadeiro desinteresse que tem face à situação em que mergulhou “todos” quantos representava.
Escreve à sexta-feira