O número de pessoas infetadas com legionella já vai em 30, sendo que duas pessoas morreram e que uma já teve alta, há ainda três que estão nos cuidados intensivos do Hospital são Francisco Xavier, em Lisboa.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que a maioria dos infetados sofre de várias patologias. No entanto, a família de uma das vítimas mortais garantiu ao Jornal de Notícias que Simão José Santiago não estava doente e que só foi ao São Francisco Xavier – foco provável da infeção – fazer análises de rotina.
A vítima de 77 anos foi àquele hospital para realizar análises de rotina há cerca de três semanas, tendo começado a apresentar os primeiros sintomas a 1 de novembro, pouco depois deu entrada nos Lusíadas, estabelecimento privado, com sinais de uma pneumonia grave. Esta segunda-feira, o cenário clínico complicou-se e Simão José Santiago acabou por morrer.
A segunda vítima mortal era uma mulher de 70 anos que estava internada no Hospital Santa Maria.
O foco de contaminação que terá provocado o surto, cujo número de infetados aumenta diariamente, embora os especialistas apontem para um declínio dos casos, não está ainda determinado ao certo, ainda que segundo Graça Freitas a fonte mais provável seja o Hospital São Francisco Xavier.
Todos os doentes tiveram contacto com aquela unidade de saúde, uns estavam internados, outros deslocaram-se às urgências e houve ainda quem tivesse ido apenas fazer exames, como terá sido o caso de uma das vítimas mortais.
Sublinhe-se que a legionella se desenvolve através de uma bactéria instalada em água quente, que cria colónias com maior facilidade em instalações em mau estado de sistemas de climatização (como equipamentos de ar condicionado), torres de arrefecimento ou chuveiros.
A bactéria ‘viaja’ pelo ar através de gotículas de água podendo assim infetar as pessoas através da inalação de vapor.
O período de incubação, desde a contaminação até ao aparecimento dos primeiros sintomas, é entre os dois e os dez dias.