Porto nem muito bem nem muito mal na corrida à EMA

Porto nem muito bem nem muito mal na corrida à EMA


Pelo menos na visão do staff da agência, Amesterdão ganharia.


A Agência Europeia do Medicamento fez esta semana um aviso sério à navegação em Bruxelas: a escolha da futura localização da agência após o Brexit poderá ter um impacto significativo no funcionamento da instituição, inclusive gerar “danos permanentes” no sistema e prejudicar os doentes.

Em causa está a última sondagem feita junto de 92% dos 900 trabalhadores da EMA, que revelou que, no melhor cenário, 81% estão dispostos a mudar de cidade para continuar a trabalhar na agência. No pior cenário, que abrange oito das 19 cidades na corrida, são menos de 30% os que estariam disponíveis para ficar, o que significa que a Europa teria de passar a depender de outros países como Estados Unidos e Japão para aprovar medicamentos e deixaria de haver capacidade para emitir autorizações centralizadas de medicamentos, cenário de colapso que a EMA resume na expressão “crise de saúde pública”.

A sondagem da EMA apresenta resultados por candidatura, mas não diz quais as cidades em causa. O “Politico” avançou entretanto mais informação. A cidade que reúne as preferências do staff, para a qual 81% admitem que iriam, é Amesterdão e o top 3 inclui Barcelona e Viena.

Já no extremo oposto, com nove em cada dez trabalhadores a optar por sair, estarão Varsóvia, Bucareste e Sófia. Embora não haja informação oficial, o Porto não estará assim nem entre as cidades melhores posicionadas na opinião dos trabalhadores nem nas piores, sendo que a decisão será tomada ao mais alto nível em Bruxelas num sistema de votação semelhante ao da Eurovisão. De qualquer forma, mesmo no melhor cenário, a EMA estima dois a três anos para a agência recuperar totalmente da mudança.