Posso voltar a repetir que…


“…é fácil ser-se surfista em Cascais.” Há uns bons anos atrás, exatamente nas páginas deste jornal, foi assim que resumiram algumas das minhas reflexões. Vale a pena aprofundar. 


Formação. Em Cascais há uma proximidade muito grande entre as escolas e o mar. Ficará ainda tudo mais próximo quando o campus de Carcavelos da Nova SBE estiver em operação. Quase é possível ir fazer uma sessão de surf durante aquele “furo” a meio da manhã. Por sua vez, os centros de treino de surf sediados em Cascais são inúmeros e as opções vastas, sejam elas assentes na atividade regular dos clubes locais, focadas na formação basilar de surfistas ou mesmo direcionadas para a alta competição. 

Estrutura desportiva. Do plano nacional para o local ou vice--versa, a nível individual ou coletivo, Cascais é um concelho muito bem estruturado. É aqui que estão sediadas as duas principais instituições nacionais da modalidade, designadamente a Federação Portuguesa de Surf e a Associação Nacional de Surfistas. É aqui que clubes rivalizam nas conversas intramunicipais mas que, mais tarde, se orgulham de vitórias nacionais [aproveito para dar os parabéns ao Clube Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos pela recente vitória na Taça de Portugal]. É aqui que nascem iniciativas importantes como, por exemplo, os campos do Wave by Wave liderados pelo cascalense José Ferreira, no qual se procura a inserção de jovens institucionalizados por via de terapia assente no surf. É por aqui que as principais competições nacionais e internacionais de surf passam, todos os anos sem exceção. É aqui que residem muitos dos principais empresários ou treinadores do surf em Portugal. 

Vida de surfista. Uns saem de casa de manhã para trabalhar e, no caos do trânsito de Lisboa, só pensam no surf em Carcavelos à hora de almoço. Outros optam pelas ilustres matinais na Praia do Guincho antes de outras andanças profissionais. Haverá ainda outros mais que preferem passar pela Marginal apenas para contemplar e saber como está o mar. Ou então os que se deslocam para ou ficam em Cascais a trabalhar nas muitas empresas de surf que ali se estabeleceram. 

Os campeões. Factos são factos! Frederico Morais, Vasco Ribeiro e Teresa Bonvalot são cascalenses de gema. Os irmãos Carol e Pedro Henrique basearam-se em Cascais. Ruben Gonzalez e Patrícia Lopes são surfistas recordistas quanto a títulos nacionais. Claro está, ambos de Cascais. Falo apenas numa vila que, nos seus mais de 650 anos de história, teve de reservar algumas páginas para inscrever mais de três dezenas de títulos nacionais do escalão principal, para além de alguns mais na esfera mundial. 

Por falar em títulos nacionais, importa acompanhar o Bom Petisco Cascais Pro, que hoje arrancou na Praia do Guincho. É a derradeira etapa da Liga MEO Surf, principal competição nacional de surf em Portugal. Se, no feminino, o título já está entregue por antecipação a Carol Henrique, no masculino, a decisão final está por conhecer. Vasco Ribeiro lidera a corrida contra outros dois conterrâneos, Pedro Henrique e Miguel Blanco, aos quais se junta ainda Tiago Pires, que compete pelas cores da Ericeira. Só um deles pode ser campeão nacional. Será esse mesmo que, por mérito próprio e a convite da MEO, irá juntar-se a Frederico Morais, lá para meados de outubro, na etapa portuguesa do circuito mundial, o MEO Rip Pro Portugal. Boa sorte a todos em prova e que o melhor tenha a palavra final.

Posso voltar a repetir que…


“…é fácil ser-se surfista em Cascais.” Há uns bons anos atrás, exatamente nas páginas deste jornal, foi assim que resumiram algumas das minhas reflexões. Vale a pena aprofundar. 


Formação. Em Cascais há uma proximidade muito grande entre as escolas e o mar. Ficará ainda tudo mais próximo quando o campus de Carcavelos da Nova SBE estiver em operação. Quase é possível ir fazer uma sessão de surf durante aquele “furo” a meio da manhã. Por sua vez, os centros de treino de surf sediados em Cascais são inúmeros e as opções vastas, sejam elas assentes na atividade regular dos clubes locais, focadas na formação basilar de surfistas ou mesmo direcionadas para a alta competição. 

Estrutura desportiva. Do plano nacional para o local ou vice--versa, a nível individual ou coletivo, Cascais é um concelho muito bem estruturado. É aqui que estão sediadas as duas principais instituições nacionais da modalidade, designadamente a Federação Portuguesa de Surf e a Associação Nacional de Surfistas. É aqui que clubes rivalizam nas conversas intramunicipais mas que, mais tarde, se orgulham de vitórias nacionais [aproveito para dar os parabéns ao Clube Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos pela recente vitória na Taça de Portugal]. É aqui que nascem iniciativas importantes como, por exemplo, os campos do Wave by Wave liderados pelo cascalense José Ferreira, no qual se procura a inserção de jovens institucionalizados por via de terapia assente no surf. É por aqui que as principais competições nacionais e internacionais de surf passam, todos os anos sem exceção. É aqui que residem muitos dos principais empresários ou treinadores do surf em Portugal. 

Vida de surfista. Uns saem de casa de manhã para trabalhar e, no caos do trânsito de Lisboa, só pensam no surf em Carcavelos à hora de almoço. Outros optam pelas ilustres matinais na Praia do Guincho antes de outras andanças profissionais. Haverá ainda outros mais que preferem passar pela Marginal apenas para contemplar e saber como está o mar. Ou então os que se deslocam para ou ficam em Cascais a trabalhar nas muitas empresas de surf que ali se estabeleceram. 

Os campeões. Factos são factos! Frederico Morais, Vasco Ribeiro e Teresa Bonvalot são cascalenses de gema. Os irmãos Carol e Pedro Henrique basearam-se em Cascais. Ruben Gonzalez e Patrícia Lopes são surfistas recordistas quanto a títulos nacionais. Claro está, ambos de Cascais. Falo apenas numa vila que, nos seus mais de 650 anos de história, teve de reservar algumas páginas para inscrever mais de três dezenas de títulos nacionais do escalão principal, para além de alguns mais na esfera mundial. 

Por falar em títulos nacionais, importa acompanhar o Bom Petisco Cascais Pro, que hoje arrancou na Praia do Guincho. É a derradeira etapa da Liga MEO Surf, principal competição nacional de surf em Portugal. Se, no feminino, o título já está entregue por antecipação a Carol Henrique, no masculino, a decisão final está por conhecer. Vasco Ribeiro lidera a corrida contra outros dois conterrâneos, Pedro Henrique e Miguel Blanco, aos quais se junta ainda Tiago Pires, que compete pelas cores da Ericeira. Só um deles pode ser campeão nacional. Será esse mesmo que, por mérito próprio e a convite da MEO, irá juntar-se a Frederico Morais, lá para meados de outubro, na etapa portuguesa do circuito mundial, o MEO Rip Pro Portugal. Boa sorte a todos em prova e que o melhor tenha a palavra final.