Altos funcionários da Casa Branca levantaram dúvidas sobre se Donald Trump conhecia as implicações de se encerrar o programa federal Deferred Action for Childhoods Arrivals (DACA) antes de ter tomado a decisão, segundo o New York Times. A decisão de Trump abriu caminho à deportação de mais de 800 mil crianças e jovens imigrantes sem documentos.
Poucas horas depois do anúncio da decisão, o presidente norte-americano apelou ao Congresso que "legalize o DACA" nos "próximos seis meses" – e caso a instituição não o consiga fazer, afirmou que irá voltar a debruçar-se sobre o assunto. Esta última declaração de Trump suscitou questões sobre se o presidente estará a ter dúvidas relativas à decisão de ontem.
A medida, anunciada por Jeff Sessions, procurador-geral, originou fortes críticas contra a administração Trump, tendo, inclusive, ocorrido protestos em frente à Casa Branca e ao Departamento de Justiça, bem como em cidades por todo o país. Democratas, republicanos, executivos de empresas, presidentes de faculdade e ativistas de imigração condenaram a decisão como injusta para os jovens imigrantes, referindo também o impacto que poderá ter para a economia norte-americana.
Uma das reações que se destacou foi a de Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, que escreveu no Facebook: "quaisquer que sejam as preocupações ou queixas que os americanos possam ter sobre a imigração em geral, não devemos ameaçar o futuro dos jovens que estão no país sem terem culpa, que não representam qualquer ameaça e que não nos estão a roubar nada".