Angela Merkel, chanceler da Alemanha, começou a percorrer o país em campanha e confrontou-se com protestos nacionalistas no leste do país contra a sua política de acolhimento de refugiados. Merkel foi alvo de apupos e de ofensas verbais e os seus assessores chegaram a ser agredidos. A escala e a intensidade dos protestos têm subido de tom nos últimos dias, para além de serem transmitidos em direto.
Na sexta-feira passada, uma jovem, de 21 anos, militante do partido de Merkel foi agredida por elementos da extrema-direita, tendo dado entrada no hospital. Nesta terça-feira o comício da CDU, o partido da chanceler, em Berlim Ocidental foi marcado por protestos que duraram mais de quarenta minutos, depois do Partido Democrático Nacional e o Alternativa para a Alemanha (AfD) teram organizado contra-comícios. No mesmo dia, a chanceler deu uma conferência de imprensa em que atacou o AfD e declarou que queria "marcar uma posição contra os gritos", atiçando os ânimos.
A líder alemã tem defendido publicamente a sua decisão de abertura de fronteiras aos refugiados. "Todas as decisões que tomei no ano de 2015 tomá-las-ia novamente", disse à publicação alemã Welt. Angela Merkel espera ser reeleita para o seu quarto mandato nas eleições de 24 de setembro. As sondagens colocam-na à frente do seu principal adversário, Martin Schulz, do Partido Social Democrata (SPD).