Golfe. Filipe Lima finalmente campeão nacional

Golfe. Filipe Lima finalmente campeão nacional


Não há memória de uma jornada final do Campeonato Nacional tão emotiva, com os três torneios a irem completamente aos limites


Susana Ribeiro sagrou-se ontem (Sábado) tricampeã nacional, enquanto Filipe Lima e Elídio Costa venceram os seus primeiros títulos nacionais, respetivamente nos torneios masculino e de seniores do Solverde Campeonato Nacional PGA, de 12.800 euros em prémios monetários, disputado no Oporto Golf Club, em Espinho.

Não há memória de uma jornada final do Campeonato Nacional tão emotiva, com os três torneios a irem completamente aos limites e com todos a serem decididos com birdies no buraco 18 do campo mais antigo de Portugal.

Susana Ribeiro, campeã no Oporto Golf Club em 2015, 2016 e 2017, partiu para a última volta com 4 pancadas de vantagem em relação a Joana de Sá Pereira, mas no buraco 16 ficaram empatadas e foi preciso um putt de 5 metros para que a profissional do Guardian Bom Sucesso Golf se sagrasse tricampeã nacional, com 144 pancadas, 2 acima do Par, depois de duas voltas seguidas de 72. Joana de Sá Pereira, que veio de França, onde reside, e que jogou o torneio pela primeira vez, contentou-se por ter feito a melhor volta do torneio, hoje, de 69 (-2) e um fabuloso ‘back nine’ em -4.

Filipe Lima entrou para o último dia com 2 pancadas de vantagem sobre João Carlota, mas precisou de arrancar 1 birdie no buraco 18 da última volta para empatar com 207 pancadas, 7 abaixo do Par, e, por consequência, para ir a play-off. Na morte súbita o português residente em França, que atua no European Tour, fez novo birdie para bater Carlota e conquistar o seu primeiro título de campeão nacional, com voltas de 68, 68 e 71, depois de ter sido vice-campeão em 2011 e 3º classificado em 2016. Também João Carlota, tal como Joana de Sá Pereira, foi vice-campeão (repetindo 2015) e saiu de Espinho com a melhor volta da prova, o 66 (-5) de ontem.

Elídio Costa partiu para a última volta com uma desvantagem de 1 pancada sobre o bicampeão em título, Joaquim Sequeira, mas quando foi para o buraco 14 já tinha uma superioridade de 3 pancadas. Só que, com 3 bogeys nos buracos 14, 15 e 18, deixou-se apanhar, ficando ambos com 152 pancadas, 10 acima do Par. Lá foi necessário recorrer a novo play-off, no qual meteu um putt de 18 metros para a vitória e para o seu primeiro título de campeão nacional, com voltas de 76.

Filipe Lima ganhou um prémio monetário de 2 mil euros, enquanto Susana Ribeiro e Elídio Costa embolsaram 500 euros cada um e merece destaque o facto de seis jogadores terem terminado abaixo do Par, com destaque para o 3º lugar do amador Tomás Perkings (72+68+68), que ficou a apenas 1 pancada do play-off.

Declarações dos campeões nacionais

Filipe Lima (em declarações à SportTV e ao Porto Canal): «É sempre difícil ganhar um torneio e hoje o João jogou melhor do que eu, mas eu tentei aguentar-me e no final fiz 1 birdie para ir a play-off. Depois ele teve pouca sorte de meter a bola dele debaixo da árvores, foi sorte para mim, graças a Deus que deixou-me ser, finalmente, campeão nacional… já há tantos anos que estava à espera disto. Estou feliz, espero que vá dar-me confiança para o futuro, porque estou a precisar».

Susana Ribeiro: «Foi um dia difícil para mim nos greens. Joguei muito bem, melhor do que ontem, apesar do mesmo resultado, a diferença é que o birdie só entrou no último buraco e ainda bem porque foi o buraco que decidiu. Tive muitas oportunidades para birdie, muitas bolas muito perto, não tive muita sorte mas fico muito contente. A Joana jogou muito bem, foi uma volta muito disputada, com pressão até ao fim».

Elídio Costa: «No ano passado foi quase, foi 2º, este ano cheguei lá, frente ao Sequeira, um competidor bastante aguerrido, não vai abaixo facilmente, e foram dois dias fantásticos a jogar. Este foi o meu terceiro ou quarto play-off em mais de 20 anos de carreira. É uma situação diferente é match play. Aquele putt final foi a compensação dos putts que não fui capaz de fazer com as oportunidades que tive. É um putt a descer, de uns bons 18 metros e a bola levava conta, peso e medida e encontrou o buraco».