No final de abril a procuradora-geral da República concedeu aos procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) um prazo de 90 dias a partir da resposta às cartas enviadas às autoridades judiciais de outros países para concluírem a acusação.
De acordo com o semanário Expresso nem todas as cartas rogatórias tiveram resposta, estando ainda aberto um ou mais requerimentos remetidos ao Ministério Público da Suíça. Nas cartas são feitos pedidos sobre movimentos bancários e financeiros relacionados com os arguidos.
Uma vez que estas cartas rogatórias ainda estão por devolver, o prazo de três meses estabelecido por Joana Marques Vidal ainda não começou a contar.
"A procuradora-geral da República decidiu prorrogar por três meses, contados da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória a ser devolvida, o prazo para encerramento do inquérito", indicava um comunicado da Procuradoria Geral da República (PGR) datado de 27 de abril.
A Operação Marquês investiga eventuais práticas de crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates o principal visado de um inquérito crime que tem quase 30 arguidos. Sócrates foi detido a 1 de novembro de 2014 e cumpriu dez meses de prisão preventiva.
O antigo chefe do Governo tem contestado os adiamentos do fim do processo e pede à PGR uma acusação ou o arquivamento do processo.