A Fatura do Sucesso


Verão de 2015, distrito de Setúbal, raiava o dia e os candidatos a deputados do PS mergulharam em mais um dia de intenso trabalho. No mercado de Azeitão, uma população estrangulada às mãos da austeridade cega de Passos e Portas não podia ser mais clara na expressão da sua vontade: “Tragam-nos a mudança. Honrem a…


Nos arruamentos azafamados, entre pássaros em transação, legumes e enchidos da labuta local, desafiámos cada dia sobe a batuta alegre da nossa cabeça de lista, Ana Catarina Mendes. A mensagem era tão simples quanto motivante: em proximidade, olhos nos olhos, afirmar que pela mão do PS teríamos um Portugal melhor.

Ao longo de mais de 5 meses de campanha árdua em bastiões comunistas, trabalhámos sobre a égide de uma dualidade imensa, a aceitação motivante que a rua nos legava, a sondagem de tendência da noite desfazia com implacável frieza. No dia do veredicto popular confirmámos, com tristeza solidária, que Aveiro não era Portalegre e, mais proximamente, que Setúbal não era Lisboa na sua expressão eleitoral. Não festejámos. A nossa ambição passava por afirmar Portugal.

A 26 de Novembro de 2015, Portugal assistiu expectante à impulsão do arco da governação pelas mãos da tomada de posse do XXI Governo constitucional liderado por António Costa. Multiplicaram-se dúvidas que o tempo acabou por subtrair. Volvidos menos de dois anos, sabemos que valeu a pena.

Porque cumprir a esperança caminhava de mãos das com o desígnio de honrar a palavra, no respeito dos acordos firmados com BE, PCP e PEV, fomos diretos à melhoria da vida de cada português. Centeno e Vieira da Silva devolveram rendimentos aplicando o modelo que alguns especialistas clamavam de “aritmeticamente impossível”; Alexandra Leitão e João Costa refutaram a espuma dos dias e reergueram com fibra um genuíno Serviço Nacional de Educação que marcará gerações; Eduardo Cabrita gizou os caminhos da descentralização e da igualdade; Ana Paula Vitorino recolocou o mar e as suas gentes como desígnio nacional e todos nós, num esforço coletivo, colocámos a Nação na rota do crescimento, encerrámos o Procedimento por Défice Excessivo e atingimos o menor défice do Portugal democrático.

No Parlamento deram-nos um bolo de Giddens que era história, refutámos esse enredo e, suando na memória a palavra que era o medo, exorcizámos os diabos que nos colocaram no caminho, nas vozes de César, Moreira Testa, Torres, Delgado Alves, Luís Simões, Galamba, Barbosa Ribeiro e Porfírio a concretização de um tempo realmente novo.

Aproximam-se eleições autárquicas e vale a pena refletir sobre o caminho já trilhado. O PS nunca cedeu à tentação de optar entre uma vocação legislativa ou autárquica. Soares legou-nos a responsabilidade de, através do socialismo democrático, transformar a sociedade portuguesa, na cadeira de São Bento e, com igual empenho, na liderança de qualquer um dos 308 municípios portugueses. Seria inaceitável que a fatura do nosso sucesso chegasse sob a forma de cedência, convenientemente velada, em alguns campos de batalha.

Um pouco bairrista me confesso e, assim, olhando ao exemplo do meu Barreiro, saúdo que em 18 meses tenhamos recebido a visita de mais de vinte governantes. Os socialistas de Setúbal valorizam responsavelmente a relação institucional entre Governo e poder local. No resto do País não será diferente, sabemos que com o PS no Governo voltámos a ser prioritários na agenda política.

Sem pactos nem agressões, um Barreiro melhor será também sinónimo de um Portugal melhor. Contem connosco hoje, segunda-feira que vem ou no muito mais que há de vir.

 

André Pinotes Batista


A Fatura do Sucesso


Verão de 2015, distrito de Setúbal, raiava o dia e os candidatos a deputados do PS mergulharam em mais um dia de intenso trabalho. No mercado de Azeitão, uma população estrangulada às mãos da austeridade cega de Passos e Portas não podia ser mais clara na expressão da sua vontade: “Tragam-nos a mudança. Honrem a…


Nos arruamentos azafamados, entre pássaros em transação, legumes e enchidos da labuta local, desafiámos cada dia sobe a batuta alegre da nossa cabeça de lista, Ana Catarina Mendes. A mensagem era tão simples quanto motivante: em proximidade, olhos nos olhos, afirmar que pela mão do PS teríamos um Portugal melhor.

Ao longo de mais de 5 meses de campanha árdua em bastiões comunistas, trabalhámos sobre a égide de uma dualidade imensa, a aceitação motivante que a rua nos legava, a sondagem de tendência da noite desfazia com implacável frieza. No dia do veredicto popular confirmámos, com tristeza solidária, que Aveiro não era Portalegre e, mais proximamente, que Setúbal não era Lisboa na sua expressão eleitoral. Não festejámos. A nossa ambição passava por afirmar Portugal.

A 26 de Novembro de 2015, Portugal assistiu expectante à impulsão do arco da governação pelas mãos da tomada de posse do XXI Governo constitucional liderado por António Costa. Multiplicaram-se dúvidas que o tempo acabou por subtrair. Volvidos menos de dois anos, sabemos que valeu a pena.

Porque cumprir a esperança caminhava de mãos das com o desígnio de honrar a palavra, no respeito dos acordos firmados com BE, PCP e PEV, fomos diretos à melhoria da vida de cada português. Centeno e Vieira da Silva devolveram rendimentos aplicando o modelo que alguns especialistas clamavam de “aritmeticamente impossível”; Alexandra Leitão e João Costa refutaram a espuma dos dias e reergueram com fibra um genuíno Serviço Nacional de Educação que marcará gerações; Eduardo Cabrita gizou os caminhos da descentralização e da igualdade; Ana Paula Vitorino recolocou o mar e as suas gentes como desígnio nacional e todos nós, num esforço coletivo, colocámos a Nação na rota do crescimento, encerrámos o Procedimento por Défice Excessivo e atingimos o menor défice do Portugal democrático.

No Parlamento deram-nos um bolo de Giddens que era história, refutámos esse enredo e, suando na memória a palavra que era o medo, exorcizámos os diabos que nos colocaram no caminho, nas vozes de César, Moreira Testa, Torres, Delgado Alves, Luís Simões, Galamba, Barbosa Ribeiro e Porfírio a concretização de um tempo realmente novo.

Aproximam-se eleições autárquicas e vale a pena refletir sobre o caminho já trilhado. O PS nunca cedeu à tentação de optar entre uma vocação legislativa ou autárquica. Soares legou-nos a responsabilidade de, através do socialismo democrático, transformar a sociedade portuguesa, na cadeira de São Bento e, com igual empenho, na liderança de qualquer um dos 308 municípios portugueses. Seria inaceitável que a fatura do nosso sucesso chegasse sob a forma de cedência, convenientemente velada, em alguns campos de batalha.

Um pouco bairrista me confesso e, assim, olhando ao exemplo do meu Barreiro, saúdo que em 18 meses tenhamos recebido a visita de mais de vinte governantes. Os socialistas de Setúbal valorizam responsavelmente a relação institucional entre Governo e poder local. No resto do País não será diferente, sabemos que com o PS no Governo voltámos a ser prioritários na agenda política.

Sem pactos nem agressões, um Barreiro melhor será também sinónimo de um Portugal melhor. Contem connosco hoje, segunda-feira que vem ou no muito mais que há de vir.

 

André Pinotes Batista