António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank, a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, e os responsáveis máximos da Intel e da Expedia são alguns dos 200 primeiros nomes anunciados esta segunda-feira para a 2.a edição da Web Summit, em Lisboa, de acordo com notícias divulgadas ontem pela organização e citadas pelo “Observador”.
Antigo presidente executivo do Santander em Portugal, o banqueiro que dirige o Lloyds Bank vai discursar na conferência de tecnologia e inovação sobre a mudança do setor financeiro e como este tem modernizado a indústria. Para o evento, que decorrerá entre 6 e 9 de novembro, a organização anunciou também a presença da comissária Vestager para analisar, nomeadamente, as políticas públicas que afetam o setor tecnológico.
Confirmados estão os nomes de Brian Krzanich, presidente executivo da Intel, a maior tecnológica a nível mundial desde 2013, e de Dara Khosrowshahi, líder da empresa Expedia, que opera em 70 países no setor do turismo, com marcas como Expedia, Hotels.com e Trivago.
Outras presenças confirmadas são de Jean-Bernard Lévy, da EDF Energy, e Gillian Tans, presidente da Booking.com. Citado em comunicado, Paddy Cosgrave, principal responsável da Web Summit, manifestou a sua satisfação pelo anúncio dos primeiros 200 oradores.
“Mais nomes serão anunciados nos próximos meses e alguns dos grandes presidentes da tecnologia e titãs do mundo empresarial irão estar nos nossos palcos”, garantiu.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, juntamente com Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa com apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que volta a decorrer este ano na capital portuguesa, depois de ter atraído na edição anterior a Lisboa cerca de 53 mil participantes, de 166 países, incluindo 15 mil empresas, 7 mil presidentes executivos e 700 investidores. A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.
Estado saiu do Lloyds
O Lloyds deixou a semana passada de ter o Estado britânico na lista de acionistas. O governo vendeu a posição de 0,25% que lhe restava depois de ter injetado 23,6 mil milhões de euros na instituição durante a crise financeira, em 2009, resgate que chegou a corresponder a uma participação de 43% no capital do banco liderado por António Horta Osório. O Tesouro britânico foi alienando progressivamente as ações do Lloyds que tinha em carteira a partir do final de 2014 e as vendas efetuadas terão rendido ao Reino Unido mais- -valias de 582 milhões de euros.