O esoterismo dos números


Um número não é uma simples conjugação de algarismos, cego, surdo e mudo. É um código provido de significado e de determinado nível de probabilidade sobre a verdade.


Hoje, nestes dias, a verdade dos números é aquela que lhe queiramos dar; a fraude travestida na representação da credibilidade dos algarismos. 

Um número enquanto representação de uma alegada realidade ou estado encerra em si o mistério «de onde vem» e «para onde vai». Números, algoritmos e equações constituem-se no resultado de um processo inteligível representado por uma certa forma de percecionar a realidade.

«De onde vem» remete-nos para o domínio do objeto em causa, do em si mesmo, a partir do qual materializamos um determinado nível de perceção matemática, de quantificação, ou de estimação do real; o resultado do pensamento abstrato não pode desligar-se da materialidade do mundo do qual decorre; da natureza das coisas, da tipologia dos objetos, das espécies que vivem, das culturas e idiossincrasias ideológicas. O sentido do número, a inteligência do algoritmo, e a descoberta através da equação, residem aí, nos limites do significado a partir do qual se produz um determinado nível de abstração quântica. O perímetro do saber transmitido pelo código numérico encontra-se delimitado pela capacidade dos sentidos e da lógica em decifrar o campo do objeto de conhecimento.

Qualquer interpretação explicativa deve situar-se de forma referencial nessa delimitação, pois o conhecimento, mesmo que se expanda para além, decorre dos limites da área de onde irrompeu.

Todavia, hoje, nestes dias, a verdade dos números situa-se demasiadas vezes na dimensão «para onde vai» ou queiramos que exprima ou alcance; não importa a nota metodológica que credibiliza a produção epistemológica; o que importa é a força da conjugação dos algarismos em nome de um interesse privado, corporativista ou partidário. Não interessa explicar, mas sim ofuscar, ou fazer crer um determinado significado de modo a legitimar certa decisão, técnica ou política.

A fraude dos números encontramo-la nesses processos de dissensão de significado entre «de onde vem» e «para onde vai» em rutura com os condicionalismos materiais de existência. Um número não é uma simples conjugação de algarismos, cego, surdo e mudo. É um código provido de significado e de determinado nível de probabilidade sobre a verdade.


O esoterismo dos números


Um número não é uma simples conjugação de algarismos, cego, surdo e mudo. É um código provido de significado e de determinado nível de probabilidade sobre a verdade.


Hoje, nestes dias, a verdade dos números é aquela que lhe queiramos dar; a fraude travestida na representação da credibilidade dos algarismos. 

Um número enquanto representação de uma alegada realidade ou estado encerra em si o mistério «de onde vem» e «para onde vai». Números, algoritmos e equações constituem-se no resultado de um processo inteligível representado por uma certa forma de percecionar a realidade.

«De onde vem» remete-nos para o domínio do objeto em causa, do em si mesmo, a partir do qual materializamos um determinado nível de perceção matemática, de quantificação, ou de estimação do real; o resultado do pensamento abstrato não pode desligar-se da materialidade do mundo do qual decorre; da natureza das coisas, da tipologia dos objetos, das espécies que vivem, das culturas e idiossincrasias ideológicas. O sentido do número, a inteligência do algoritmo, e a descoberta através da equação, residem aí, nos limites do significado a partir do qual se produz um determinado nível de abstração quântica. O perímetro do saber transmitido pelo código numérico encontra-se delimitado pela capacidade dos sentidos e da lógica em decifrar o campo do objeto de conhecimento.

Qualquer interpretação explicativa deve situar-se de forma referencial nessa delimitação, pois o conhecimento, mesmo que se expanda para além, decorre dos limites da área de onde irrompeu.

Todavia, hoje, nestes dias, a verdade dos números situa-se demasiadas vezes na dimensão «para onde vai» ou queiramos que exprima ou alcance; não importa a nota metodológica que credibiliza a produção epistemológica; o que importa é a força da conjugação dos algarismos em nome de um interesse privado, corporativista ou partidário. Não interessa explicar, mas sim ofuscar, ou fazer crer um determinado significado de modo a legitimar certa decisão, técnica ou política.

A fraude dos números encontramo-la nesses processos de dissensão de significado entre «de onde vem» e «para onde vai» em rutura com os condicionalismos materiais de existência. Um número não é uma simples conjugação de algarismos, cego, surdo e mudo. É um código provido de significado e de determinado nível de probabilidade sobre a verdade.