O palco engalanado e a temporada encarnada não faziam antever tão modesta exibição, coroada por tremenda eficácia espelhada na concretização da única oportunidade de golo criada em 90 minutos. Pouco, muito pouco para um tricampeão nacional que muito tem feito para voltar a ser respeitado na Europa. No Signal Iduna Park, a 8 de Março, não bastará ter Ederson na baliza e 10 a correr atrás da bola. Há que arregaçar as mangas, jogar futebol a sério e meter a armada germânica em sentido.
Qualidade exibicional à parte, para a história fica o resultado. E olhando para os 4 golos encaixados pelo Barcelona, os 3 pelo Nápoles e os 5 pelo Arsenal, se calhar vale a pena olhar para a vitória das águias de outro prisma. Afinal de contas, estamos a falar da Champions League na fase a eliminar, onde só chegam os melhores dos melhores, a mais fina nata do futebol europeu, e mesmo assim as goleadas sucedem-se jogo após jogo. Para a semana, no charmoso Dragão, tem a palavra o FC Porto frente à toda-poderosa Juventus e não acredito que haja um único adepto portista que não assinasse já por baixo num resultado idêntico ao dos rivais da Luz.
Os cofres e o prestígio portista não desdenhariam semelhante feito. E já agora, o ranking português na UEFA (há anos carregado às costas por Benfica e FC Porto) também agradece. À conta das vitórias destes dois, outros também podem brincar de vez em quando no recreio dos mais crescidos…